quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lição 13 - A integridade de um Líder


O PASTOR E SUA VIDA DEVOCIONAL
(Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD)

Por Leslie E. Welk

O pastor, como aquele que se espera que ministre aos outros, deve em primeiro lugar e antes de mais nada ser ministrado por Deus. A vida devocional particular do ministro, o tempo gasto com Deus, determinará a verdadeira altura e profundidade de seu ministério.

Meta admirável para o pastor é receber identificação semelhante à de Pedro e João em Atos 4.13. As multidões maravilhavam-se da ousadia desses homens indoutos e sem cultura, pois “tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”. Esses líderes espirituais tinham passado tempo com Deus e o demonstravam.

A palavra “devoção” é definida por vocábulos como “consagração”, “dedicação íntima” e “zelo”. De fato, a edição de 1828 do American Dictionary of the English Language (Dicionário Americano da Língua Inglesa), de Noah Webster, define “devoção” em sua maior parte em termos religiosos. Webster descreve-a mais detalhadamente, como “uma atenção solene ao Ser Supremo na adoração; uma rendição do coração e das afeições a Deus, com reverência, fé e piedade, nos deveres religiosos, particularmente na oração e na meditação”. Para todo crente e particularmente para o pastor, devoção significa concentração diária nas Escrituras e na oração.

Uma vida devocional disciplinada é assunto inteiramente pessoal, e não ousamos relegá-lo a uma exigência profissional rotineira. Antes de sermos pastores, somos filhos de Deus, individualmente responsáveis e necessitados do alimento espiritual diário. Como pastores, logo percebemos que alimentar o rebanho de Deus requer que primeiro sejamos estudantes diligentes da Palavra. Mesmo assim, uma das maiores armadilhas para o obreiro cristão de tempo integral é permitir que o período dedicado ao estudo pessoal substitua o período devocional particular. Fazê-lo pode ser comparado a passar a semana inteira preparando um banquete para hóspedes convidados, sem ter tempo de se sentar para comer.

A fim de ajudar a diferençar essas duas abordagens à Palavra de Deus, tenho empregado o que denomino “método das duas cadeiras”. De modo característico, a cadeira de minha escrivaninha tem servido de cadeira de estudo, cadeira de conselheiro, cadeira de administrador. Dessa cadeira, pessoas são animadas e sermões são preparados. A cadeira está convenientemente próxima aos livros, bloco de anotações, telefone e computador. Por outro lado, escolhi outra cadeira do meu gabinete, às vezes até um lugar completamente diferente, para hospedar meus períodos devocionais particulares. Cada propósito é distinto, cada lugar distinto. Deslocar-me entre os lugares diferentes me lembra das diferenças entre estudo pessoal e devoções particulares.

Reflexão: “Antes de sermos pastores, somos filhos de Deus, individualmente responsáveis e necessitados do alimento espiritual diário.”

Texto extraído do: “Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais”, editado pela CPAD.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ESTOU APAIXONADA POR OUTRO HOMEM. O QUE FAZER?



UM - LEIA O POST ABAIXO, POR FAVOR.
DOIS - SE VOCÊ TIVER FILHOS OU ELE TIVER FILHOS, DIFICILMENTE VAI DAR CERTO.
TRÊS - NEM PENSE EM CONVERSAR COM SEU MARIDO SOBRE ISSO. POUCOS HOMENS ENTENDERIAM. A MAIORIA CHAMARIA LOGO VOCÊ DE PROSTITUTA. ENTRETANTO, SE ELE É GENTE FINA, VAI PODER AJUDAR, E MUITO A SALVAR O CASAMENTO DE VOCES.
QUATRO - TOME CUIDADO: OS HOMENS GERALMENTE NÃO VÃO ATÉ AS ÚLTIMAS CONSEQUENCIAS QUANDO SE TRATA DE ABANDONAR A CASA E COMERÇAR UM NOVO LAR. PARA ELES, SEXO É O SUFICIENTE.
CINCO - ANALISE SEU MUNDO EMOCIONAL. TENTE DESCOBRIR PORQUE VOCÊ ESTÁ SE ENVOLVENDO NUM CASO EXTRACONJUGAL. PODE SER BAIXA-ESTIMA, A QUESTÃO DA "VELHICE QUE ESTÁ CHEGANDO", UM MARIDO DISTANTE - QUE PODE SER CONVOCADO A TE AMAR COM EXPRESSÃO.
SEIS - CONVERSE, DE PREFERÊNCIA COM UM ESPECIALISTA OU UM CONSELHEIRO, E NUNCA COM SUA MELHOR AMIGA, SOBRE ESSA PAIXÃO. UMA PESSOA ISENTA E MADURA PODE AJUDAR MUITO COM UMA BOA CONVERSA.
SETE - TENTE ANALISAR O FATO COM ISENÇÃO E LÓGICA. O MOMENTO NÃO É DO CORAÇAO, MAS DO CÉREBRO. PENSE FRIAMENTE SOBRE AS CONSEQÛÊNCIAS DE UM ADULTÉRIO. MUITA GENTE SAI FERIDA, ÀS VEZES FERIDAS DE MORTE.
OITO - E PENSE NA ALEGRIA DE QUEM NÃO GOSTA OU NUNCA GOSTOU DE VOCÊ. SAIBA: ELES ESTÃO AFIANDO A FACA... ELES NÃO VEÊM A HORA DE TRUCIDAR VOCÊ.
NOVE - CONTE COM O SENHOR. ELE CONHECE NOSSA ESTRUTURA E SABE QUE SOMOS PÓ. EM DEUS, VOCÊ ENCONTRARÁ PERDÃO, RESTAURAÇAO, ALEGRIA POR TER VENCIDO A LUTA DO ESPÍRITO CONTRA A CARNE.
DEZ - MAS,  É AMOR, PASTOR! NÃO. NUNCA É. É PAIXÃO MESMO. QUEM AMA RENUNCIA. APAIXONADOS QUASE NUNCA PENSAM NAS CONSEQUÊNCIAS DE SEUS ATOS.   

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Lição 12 - As consequências do jugo desigual

Lição 12 - As consequências do jugo desigual

Por James I. Packer

[Obs: Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD]

A CONSAGRAÇÃO DA VIDA NO LAR

“[Prometemos] que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos” (10.30), preceituava o “firme concerto”. Na ocasião em que ele fora firmado, a pureza racial fora tema de preocupação comum, e eles “apartaram de Israel toda mistura” (13.3), indo além do que mandava a lei, que excluía apenas amonitas e moabitas. Não obstante, o zelo pela pureza do sangue israelita, e em fazer tudo para agradar a Deus, que presumivelmente instigara tal exclusivismo, evaporara-se. Quando Neemias retornou a Jerusalém, encontrou lá “judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (13.23). O motivo pode ter sido a paixão, é claro, porém é mais provável que haja sido a prudência (se é que se pode chamar assim), que tinha os olhos na oportunidade e nos casamentos por dinheiro, prestígio ou alguma outra forma de lucro mundano. E, em alguns casos, Neemias descobriu que a língua falada em casa, por decisão dos pais, era a estrangeira. “E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (13.24). Isso enfureceu Neemias, não apenas pela quebra do voto, mas porque as crianças seriam incapazes de partilhar da adoração em Israel, ou aprender eficazmente a Lei; consequentemente, não estariam aptas a transmitir a fé aos filhos que viriam a ter, e assim estaria em risco a futura unidade espiritual da nação israelita.

Enxergando isso claramente, e não gostando do que via, Neemias convocou uma reunião, na qual fez um discurso aos judeus do sexo masculino que haviam quebrado o “firme concerto”, recordando-lhes a queda de Salomão, cujas “mulheres estranhas o fizeram pecar”, e exigindo que jurassem em nome de Deus não realizar qualquer casamento misto, não mais tomando noivas estrangeiras “nem para vossos filhos nem para vós mesmos”, nem dando as filhas em matrimônio a estrangeiros. Esdras, muitos anos antes, fizera-os romper com os casamentos mistos, por serem totalmente contrários à vontade de Deus (Ed 9 – 10). Neemias não foi tão longe, mas decidiu pela não proliferação e a não recorrência. Este foi um compromisso de estadista. Neemias, sabiamente, não quis fender a comunidade mais que o necessário; apenas requereu uma promessa ajuramentada de que não mais haveria casamentos mistos.

Para assegurar que o juramento seria mantido, ele transformou em exemplo alguns dos ofensores mais notórios: “E espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos”. Isto significa tão somente que, em seu papel de cabeça do judiciário, como governador que era, ele ordenou chicotadas de acordo com a prescrição de Deuteronômio 25.1-3 e impôs sentenças de raspar a cabeça, evocando, talvez, em seu discurso, o gesto de Esdras, que arrancara os próprios cabelos por causa do mal dos casamentos mistos (Ed 9.3); entretanto, pode significar ainda que ele infligiu-lhes essa violência punitiva. E então, ele “mandou embora” o neto de Eliasibe – presumivelmente pelo decreto peremptório de banimento, embora “afugentar” seja o significado literal, e a possibilidade de a fúria de Neemias escorraçando o homem da sala ou do prédio não possa ser excluída. Em todo caso, as palavras de Neemias mostram que ele reivindica responsabilidade pelo que foi feito, num alegre retrospecto pelo que fez acontecer, e quer que vejamos o fato como uma expressão apropriada e efetiva de seu zelo reformador e seu propósito pastoral – o que de fato era.

Não devemos supor que Neemias tenha tido prazer em fazer qualquer uma dessas coisas. Podemos estar certos de que ele preferiria não ter de voltar ao começo e tornar a reformar a já deformada reforma de Israel. Mas a vida é repleta de necessidades inoportunas para todo o mundo, e principalmente aos líderes pastorais da Igreja de Deus, que, constantemente, precisam da combinação do zelo de Neemias por Deus e do cuidado pelas pessoas, a fim de poder lidar com as desordens emergentes. O pecado e o Diabo nunca cessarão de corromper a crença e o comportamento dentro da comunidade que carrega o nome de Deus; desordens, perversidades e confusões devem ser esperadas, e os que conduzem a comunidade não devem desanimar ao descobrirem-se obrigados a tratar dos mesmos problemas e desvios, inúmeras vezes, além dos novos que vão aparecendo. Neemais, com a sua paixão por fidelidade e sua piedosa persistência em proceder corretamente, é um modelo a todos nós.

Pastores cuidadosos como Neemias sempre focalizam as famílias e a vida doméstica, porque a família é a primeira e mais básica forma de comunidade humana. A formação familiar, para o melhor ou pior, cala mais fundo nas crianças que qualquer outra forma de criação de qualquer outro lugar, e o ideal bíblico é que as famílias sejam as unidades das quais se constituem as igrejas. A piedade é para ser modelada na família, e a fé, transmitida nela. Em toda parte do mundo ocidental hodierno, e estendendo-se a algumas comunidades urbanas de toda a face do globo, a vida familiar tem sido enfraquecida e minada por pressões de várias espécies; e isso, provavelmente, vai piorar. Então, é grande a necessidade de trabalhar como Neemias trabalhou para conservar a vida familiar forte, piedosa e saudável; e todo aquele que ministra e cria estratégias para ampliar o Reino de Deus, hoje e amanhã, deve considerar a família e a vida doméstica um assunto de primordial interesse.

Texto extraído da obra: “Neemias: Paixão Pela Fidelidade”, editada pela CPAD.
Por James I. Packer

[Obs: Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD]

A CONSAGRAÇÃO DA VIDA NO LAR

“[Prometemos] que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos” (10.30), preceituava o “firme concerto”. Na ocasião em que ele fora firmado, a pureza racial fora tema de preocupação comum, e eles “apartaram de Israel toda mistura” (13.3), indo além do que mandava a lei, que excluía apenas amonitas e moabitas. Não obstante, o zelo pela pureza do sangue israelita, e em fazer tudo para agradar a Deus, que presumivelmente instigara tal exclusivismo, evaporara-se. Quando Neemias retornou a Jerusalém, encontrou lá “judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (13.23). O motivo pode ter sido a paixão, é claro, porém é mais provável que haja sido a prudência (se é que se pode chamar assim), que tinha os olhos na oportunidade e nos casamentos por dinheiro, prestígio ou alguma outra forma de lucro mundano. E, em alguns casos, Neemias descobriu que a língua falada em casa, por decisão dos pais, era a estrangeira. “E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (13.24). Isso enfureceu Neemias, não apenas pela quebra do voto, mas porque as crianças seriam incapazes de partilhar da adoração em Israel, ou aprender eficazmente a Lei; consequentemente, não estariam aptas a transmitir a fé aos filhos que viriam a ter, e assim estaria em risco a futura unidade espiritual da nação israelita.

Enxergando isso claramente, e não gostando do que via, Neemias convocou uma reunião, na qual fez um discurso aos judeus do sexo masculino que haviam quebrado o “firme concerto”, recordando-lhes a queda de Salomão, cujas “mulheres estranhas o fizeram pecar”, e exigindo que jurassem em nome de Deus não realizar qualquer casamento misto, não mais tomando noivas estrangeiras “nem para vossos filhos nem para vós mesmos”, nem dando as filhas em matrimônio a estrangeiros. Esdras, muitos anos antes, fizera-os romper com os casamentos mistos, por serem totalmente contrários à vontade de Deus (Ed 9 – 10). Neemias não foi tão longe, mas decidiu pela não proliferação e a não recorrência. Este foi um compromisso de estadista. Neemias, sabiamente, não quis fender a comunidade mais que o necessário; apenas requereu uma promessa ajuramentada de que não mais haveria casamentos mistos.

Para assegurar que o juramento seria mantido, ele transformou em exemplo alguns dos ofensores mais notórios: “E espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos”. Isto significa tão somente que, em seu papel de cabeça do judiciário, como governador que era, ele ordenou chicotadas de acordo com a prescrição de Deuteronômio 25.1-3 e impôs sentenças de raspar a cabeça, evocando, talvez, em seu discurso, o gesto de Esdras, que arrancara os próprios cabelos por causa do mal dos casamentos mistos (Ed 9.3); entretanto, pode significar ainda que ele infligiu-lhes essa violência punitiva. E então, ele “mandou embora” o neto de Eliasibe – presumivelmente pelo decreto peremptório de banimento, embora “afugentar” seja o significado literal, e a possibilidade de a fúria de Neemias escorraçando o homem da sala ou do prédio não possa ser excluída. Em todo caso, as palavras de Neemias mostram que ele reivindica responsabilidade pelo que foi feito, num alegre retrospecto pelo que fez acontecer, e quer que vejamos o fato como uma expressão apropriada e efetiva de seu zelo reformador e seu propósito pastoral – o que de fato era.

Não devemos supor que Neemias tenha tido prazer em fazer qualquer uma dessas coisas. Podemos estar certos de que ele preferiria não ter de voltar ao começo e tornar a reformar a já deformada reforma de Israel. Mas a vida é repleta de necessidades inoportunas para todo o mundo, e principalmente aos líderes pastorais da Igreja de Deus, que, constantemente, precisam da combinação do zelo de Neemias por Deus e do cuidado pelas pessoas, a fim de poder lidar com as desordens emergentes. O pecado e o Diabo nunca cessarão de corromper a crença e o comportamento dentro da comunidade que carrega o nome de Deus; desordens, perversidades e confusões devem ser esperadas, e os que conduzem a comunidade não devem desanimar ao descobrirem-se obrigados a tratar dos mesmos problemas e desvios, inúmeras vezes, além dos novos que vão aparecendo. Neemais, com a sua paixão por fidelidade e sua piedosa persistência em proceder corretamente, é um modelo a todos nós.

Pastores cuidadosos como Neemias sempre focalizam as famílias e a vida doméstica, porque a família é a primeira e mais básica forma de comunidade humana. A formação familiar, para o melhor ou pior, cala mais fundo nas crianças que qualquer outra forma de criação de qualquer outro lugar, e o ideal bíblico é que as famílias sejam as unidades das quais se constituem as igrejas. A piedade é para ser modelada na família, e a fé, transmitida nela. Em toda parte do mundo ocidental hodierno, e estendendo-se a algumas comunidades urbanas de toda a face do globo, a vida familiar tem sido enfraquecida e minada por pressões de várias espécies; e isso, provavelmente, vai piorar. Então, é grande a necessidade de trabalhar como Neemias trabalhou para conservar a vida familiar forte, piedosa e saudável; e todo aquele que ministra e cria estratégias para ampliar o Reino de Deus, hoje e amanhã, deve considerar a família e a vida doméstica um assunto de primordial interesse.

Texto extraído da obra: “Neemias: Paixão Pela Fidelidade”, editada pela CPAD.

sábado, 17 de dezembro de 2011



SERÁS UM BOM MINISTRO


A expressão que serve de título para este texto foi tomada das palavras de Paulo, endereçadas a Timóteo, seu filho na fé, I Tm 4;6.
Havia um anelo no coração do apóstolo das gentes no sentido de que Timóteo fosse mais que um simples ministro. Seu desejo era que ele viesse a ser um bom ministro.
O vocábulo ministro descreve vários títulos oficiais de caráter civil ou religioso.
No Brasil os Ministros são pessoas que exercem atividade de alta importância no Poder Executivo, e são ligados diretamente à Presidência da República.
Com muita propriedade, o Smith`s Bible Dictionary declara que no Antigo Testamento essa palavra (ou título) é aplicada a Josué, Ex 24.13, sendo que na maioria das versões ela é traduzida por servidor. Em I Rs 10.5 ela é traduzida por oficiais e se refere a auxiliares de Salomão, que serviam no palácio.
Em II Cr 22.8 os ministros são chamados de príncipes e no Sl 104.4 pode estar se referindo a oficiais de Israel  ou a anjos.
Sacerdotes e levitas do AT são também chamados de ministros: Ed 8.17; Ne 10.36 (sacerdotes que ministram), Is 61.6 (ministros de nosso Deus), Ez 44.11 (ministros no santuário), Jl 1.13 (ministros do altar), etc.
Em II Sm 8.18 lemos que alguns dos filhos de Davi eram ministros. No Salmo 104.4 lemos: Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.
Voltando-nos para o Novo Testamento, encontramos a declaração de Paulo, de que as autoridades atuam na condição de ministros de Deus, Rm 13.6.
Em algumas versões o assistente da sinagoga ( Lc 4.20) é chamado de ministro. 
Chegamos, agora, ao ponto que mais nos interessa: os obreiros de Deus e sua condição de ministros.
O NT enumera as seguintes designações, quando se refere aos Obreiros que exercem efetiva liderança na Casa de Deus::
(1)       Ministros, I Co 3.5
(2)    Ministros da Palavra, Lc 1.2.
(3)     Ministros de Cristo, I Co 4.1; II Co 11.23.
(4)     Ministros de Deus, II Co 6.4.
(5)     Ministros de um novo testamento,  Co 3.6.
De acordo com o Easton`s Bible Dictionary, existem duas palavras hebraicas e três gregas, usadas no texto sagrado, as quais são traduzidas por ministro:
-->(1)  Meshereth, usada para Josué, os servos de Eliseu, os sacerdotes e levitas, etc.
<!(2)  Pelah, que tem a conotação de ministro religioso, Ed 2.55; Ne 7.57, etc.
-->(3)   Leitourgos, um administrador público, Rm 13.6. É aplicado a Cristo em Hb 8.2.
->(4)    Hyperetes, alguém que presta serviços a um superior, Lc 4.20; At 13.5..
-->(5)  Diakonos, que significa alguém que presta serviços a outro no ministério do Evangelho, I Co 3.5; Ef 6.21; Cl 1.7, etc.
Os escritores do NT usaram exaustivamente o verbo ministrar (também traduzido por servir). Seguem alguns poucos exemplos:
-->(a)   Finda a tentação no deserto, os anjos ministraram a Cristo, Mt 4.11.
->  (b)   Jesus recomendou aos Seus discípulos que se abstivessem de qualquer forma de grandeza, mas que se servissem (ministrassem) uns aos outros, Mt 20.26; Mc 9.35. 10.43;
->(c)       Jesus não veio para ser ministrado (servido), mas para ministrar (servir), Mt 20.28; Mc 10.45.
(d)         Se alguém pode ministrar-me (servir-me), então siga-me, Jo 12.26.
->(e)   Eu te levantei para que possas ministrar e ser minha testemunha, At 26.16.
->(f)Eu vou a Jerusalém a fim de ministrar aos santos, Rm 15.25.
O Senhor Jesus revelou a Paulo que Ele próprio estaria concedendo dons e qualificações especiais a alguns dentre os Seus, a fim de exercerem o Ministério.
Esses dons correspondem a cinco ministérios, de acordo com Efésios 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
Em algumas versões da Bíblia, inclusive em outros idiomas, a expressão anjo da igreja, usada em Ap 2 e 3 é traduzida por ministro da Igreja, referindo-se, portanto, ao pastor.
A Igreja não pode viver sem a ação dos seus ministros. Por sua vez, os ministros precisam ser dedicados à Igreja no exercício de seu ministério.
É permitido aspirar ao ministério, mas não é permitido apoderar-se dele. Há que esperar a confirmação de Deus, a certeza da chamada, a evidência da vocação e o tempo certo.
Paulo tinha consciência de haver sido levantado por Deus para ser um ministro, Ef 3.7. Cl 1.23. O Senhor lhe outorgou 3 dos cinco dons ministeriais, a saber: apóstolo, evangelista e mestre. Ele sabia que não era um profeta, nem um pastor, II Tm 1.11. (Nesse texto, pregador corresponde a evangelista).
Se a pessoa assume uma posição na Igreja que não corresponde ao seu  ministério, jamais produzirá os frutos desejados e esperados.
O pastor tem paciência para ouvir as ovelhas. O evangelista, não. O evangelista prega com ousadia e muita vibração. O pastor é mais calmo e professoral no seu estilo.
O mestre cuida de orientar a Igreja em todo o conselho de Deus, enquanto o evangelista se especializa na mensagem da Redenção e se deixa consumir pelo ardor evangelístico e pela vontade inquebrantável de ver almas salvas.
Evangelistas apreciam estatísticas e amam as multidões. O pastor é capaz de tomar bastante tempo com uma ovelha ferida ou cansada
Nos últimos anos têm aparecido muitos ministros com o dom de avivalistas. Tal nomenclatura não tem embasamento ou apoio escriturístico. Freqüentemente os avivalistas se esquecem de fazer apelos aos pecadores, enquanto tomam todo o seu tempo buscando um derramamento de poder sobre os que já estão dentro do aprisco.
. Um bom ministro é aquele que ministra a graça de Deus aos seus ouvintes, Ef 4.29.
Um bom ministro ausculta as necessidades da Igreja e tem a marca da fidelidade como selo de seu ministério, Ef 6.20. Cl 1.7. Cl  4.7
A principal preocupação de um bom ministro não é ministrar aos desejos da congregação e sim às suas necessidades, Fp 2.25. 4.16.
Se considerarmos a palavra ministro no sentido de quem presta um serviço para Deus e para o Seu povo, os cantores exercem um ministério. E de igual maneira os que contribuem, os que visitam, os que intercedem, etc., etc.
Mas, se usamos a palavra ministro no sentido da liderança e da administração da Casa de Deus os cantores não são ministros.
Os cânticos não dirigem a Igreja. Eles são oferecidos a Deus, na esperança de que Ele os aceite e Se digne de liberar a ação livre do Espírito no culto que se realiza.
Esta é a razão por que os louvores vêm quase sempre em primeiro lugar, ou seja, na parte inicial do culto. Eles abrem o caminho para o que se segue.
No tempo de Josafá eles precediam os que vinham armados para as grandes batalhas.
Os pregadores são a tropa de choque de Cristo, os atiradores de elite de Jeová, os guerreiros do Espírito Santo.
É difícil de entender porque no Brasil os cantores recebem ofertas em média cinco vezes maiores que os pregadores.
A glória do cantor é entoar os hinos que todos conhecem, A glória do pregador é pregar uma mensagem que nunca se ouviu antes,
Deus tem um propósito para a vida de cada pessoa que Ele vocaciona, chama e levanta para o sagrado Ministério.
Paulo chama isto de uma dispensação de Deus e está em plena harmonia com Sua Palavra, Cl 1.25.
Um bom ministro tem a graça de Deus e a capacidade de ajudar, estabelecer, confirmar e consolar os irmãos, I Ts 3.2.
Um bom ministro deve possuir um excelente caráter e ser uma pessoa de quem todos dão bom testemunho, inclusive os infiéis, ou seja, a comunidade onde ele vive, I Tm 3.2,10.
Um bom ministro deve ter costumes de primeira qualidade e em nada deve entristecer o Espírito Santo, Tt 1.7; Ef 4.30.
Um bom ministro jamais deve esquecer seu compromisso e sua obrigação de defender a fé que provém do Evangelho, Fp 1.7.
Um bom ministro deve estar cheio de autoridade e deve estar sempre  consciente daquilo que fala, pois sabe que Deus confirmará suas palavras, como aconteceu com o profeta Elias, I Rs 17.1-16;
Um bom ministro deve ser um exemplo para o rebanho e um motivo de glorificação ao Nome de Deus, Fp 3.17; II Ts 3.9; I Tm 4.12; I Pe 5.3,
Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DUAS CASAS, UMA TEMPESTADE, DOIS DESTINOS

Sendo um excelente comunicador, Jesus desenhava e pintava seus ensinos na mente dos ouvintes. Ele usava ilustrações e figuras que facilitavam a compreensão e a memorização de suas idéias. Uma destas ilustrações fala de duas casas (Mateus 7.24-27; Lucas 6.46-49).
            As duas casas poderiam ser iguais na aparência. Ou, talvez, uma delas fosse mais bonita, mais rica, mais luxuosa, mais atraente, etc. Mas havia uma diferença significativa entre elas, e esta não era aparente.  Quem passasse por aquelas casas não notaria esta diferença de imediato, teria que ser um bom observador para perceber. Mas esta diferença iria marcar os destinos daquelas casas.
            As duas casas enfrentaram uma tempestade. Uma mesma tempestade. Tempestade que trouxe ventos fortes e chuvas que se transformaram em enchentes. Foi aí que a diferença apareceu. Quando a tempestade passou as pessoas viram que uma casa ainda estava de pé, mas a outra havia desabado. Uma casa resistiu à tempestade, outra foi destruída por ela.  Qual era a diferença?
            Os alicerces. Uma casa tinha alicerces firmes, sobre a rocha, em cima de chão resistente. A outra fora construída sobre areia, sem firmes fundamentos. Os alicerces não apareciam para quem observasse depois das casas construídas, mas fizeram a diferença quando a tempestade apareceu.
De fato a diferença também estava além dos alicerces, estava nos homens que haviam construído as casas. Um deles cavou até que aparecesse o solo firme, a rocha, para então começar a construir. Ele trabalhou, esforçou-se, preocupou-se com a segurança de sua casa. Levou em conta que as tempestades poderiam surgir. Foi previdente. Já o outro não quis ter este trabalho. Construiu a casa na superfície. Foi imediatista, queria uma casa logo, não queria ter trabalho. Não pensou na segurança. Talvez imaginou que a vida sempre seria fácil, que as tempestades não surgiriam. Não foi previdente.
O que Jesus queria ensinar com esta ilustração? O que ele queria dizer com casa, tempestade e alicerces? 
As casas são nossas vidas. Os alicerces são o ouvir e obedecer aos ensinos de Jesus. Quem apenas ouve os ensinos de Jesus, e apenas confessa que O segue, sem de fato obedecer aos seus ensinos, esta construindo uma vida sem alicerces. Aquele que não apenas ouve e confessa, mas também obedece, está edificando uma vida com alicerces firmes. Um dia virá a tempestade. A grande tempestade, que testará nossas vidas. Quem ouviu e obedeceu ficará firme, quem apenas ouviu será arruinado.
Algumas pessoas acham fácil seguir a Jesus, pois estão seguindo apenas de ouvido e de boca, mas não estão obedecendo, e nem querem obedecer. Quem olha para elas pode até achar que de fato elas são fiéis seguidoras de Jesus. Mas a tempestade irá mostrar que elas não têm alicerces. Já outras pessoas sabem que seguir a Jesus envolve o custoso trabalho de obedecer, estão com as vidas edificadas sobre a rocha. Uma permanecerá, outra será destruída. Qual é a casa que moramos?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NÚMEROS - O PERIGO DA MURMURAÇÃO (NÚMEROS 14)





O PERIGO DA MURMURAÇÃO (NÚMEROS 14)

--------------------------------------------------------------------------------

Tem gente que vê dificuldade em tudo, só dá contra, e diz: “eu sou realista”. O que você acha desta atitude ? . Em I Coríntios 10 , Paulo relembra alguns pecados cometidos por Israel, no deserto, e as conseqüências da infidelidade, no versículo 10 ele faz a seguinte advertência: “ Nem murmureis , como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador”. Este versículo é uma referencia ao episódio narrado no livro de Números 14, quando os filhos de Israel foram duramente castigados pelo Senhor , por causa da murmuração.

“ Murmurar” , conforme o dicionário , é soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falara mal, apontar faltas, tomar mau juízo de alguém ou de alguma coisa. Foi exatamente o que aconteceu com o povo de Israel, e o Senhor indignou-se ante a atitude do povo: “Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra min? Tenho ouvido as murmurações que os filhos de Israel proferem contra min” Nm 14;26.

O objetivo deste artigo é alertar os homens do perigo da murmuração que é pecado, e incentivar os homens a uma vida de total confiança em DEUS , de gratidão e apoio as liderança do trabalho masculino em todas as esferas.

Diante dos desafios da nossa caminhada rumo a uma UPH forte e operosa, encontramos muito homens que se opõe e se colocam a murmurar e as soluções que estava começando a se desenhar para atingir os objetivos , com o fruto da murmuração apontam para um fim desastroso. A rejeição à autoridade de seu presidente da UPH e o apedrejamento dos companheiros de sociedade por não compartilhar de seu pessimismo, esta gerando um mar de confusões em nossas UPH e para piorar parece que os pastores foram infectados com essa doença e em vez de apoiar para crescermos estão a incentivar para o seu fim.

Mas DEUS intervém, manifestando-se em glória sobre o seu povo e sobre nossas sociedades dando-nos forças para continuar-mos sempre para frente e a condenação Divina aos murmuradores é severa.

Nosso DEUS é misericordioso e providente . Ele conduz o seu povo e supre todas as nossas necessidades , por isso reprova a murmuração. A murmuração é um sinal claro de incredulidade , de ingratidão e de agir irrefletido.

A ação dos murmuradores consiste em puxar para trás , embora a providencia divina seja inconfundível durante a nossa jornada e nossos planos e ideais , existem pessoas que estão duvidando contentemente da ação de DEUS. A murmuração é fruto da incredulidade , pois os murmuradores, como já foi exposto, não crêem, não confiam. Na igreja , na UPH , na sociedade infelizmente ,é possível encontramos pessoas assim. Vivem a criticar, acham que todos estão errados, tudo é difícil, nenhuma idéia ou projeto vai funcionar. Em vez de colaborar, torcem para que as coisa dêem erradas. Tal atitude, além de antietica, depõe contra a causa crista e traz prejuízos para a nossa igreja e principalmente para as nossas UPH’s. Tais pessoas deveriam ler I Tessalonicenses 5;12 a 22 e poderiam ver que precisamos viver uma vida segundo a palavra de DEUS.

Penso que devemos tomar cuidado para não incorremos no pecado da murmuração. Ela pode ser muito prejudicial , tanto para nós, como para nossa UPH. Por isso atentar para o conselho do apostolo Paulo é uma coisa sensata “Fazei tudo sem murmuração nem contentas , para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros , filhos de DEUS inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo...”. Que DEUS nos ajude...!

Deste conservo,

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UM CASAMENTO QUE GLORIFICA A DEUS

Existem certas coisas neste mundo que não podem ser vistas, mas que podem ser ilustradas ou demonstradas decasal feliz 150x150 Um Casamento que Glorifica a Deus alguma forma:
* Eletricidade: você não pode vê-la, mas experimente colocar o dedo na tomada e perceberá que ela realmente existe;
* Oxigênio: tente prender a respiração por apenas cinco minutos e verá não só que o oxigênio existe, mas que você precisa dele para viver;
* Gravidade: jogue uma agulha de cima de um prédio e ela cairá (não tente pular do prédio, pois as conseqüências podem ser ruins).

A Palavra de Deus nos mostra que existem certos aspectos da vida cristã que também não podem ser vistos, mas que podem ser demonstrados. E a relação entre Cristo e a Igreja é uma delas! 
“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23-pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24-Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25-Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26-para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27-e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28-Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29-Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30-pois somos membros do seu corpo. 31-or essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. 32-Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33-Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. “ Efésios 5.22-33
Deus deseja ilustrar no casamento uma relação única que existe entre Cristo e a Igreja. Nenhum outro tipo de relacionamento representa tão intimamente esta união. Nem mesmo o amor entre mãe e filho é tão íntimo quanto o casamento, pois apenas marido e mulher formam“uma só carne”. Portanto, se os casados querem cumprir seu propósito neste mundo de glorificar a Deus com suas vidas, precisam ter um casamento que reflita a união entre Cristo e a Igreja. Tanto o marido como a esposa têm a sua participação nisso, embora de formas diferentes.

1. As esposas glorificam a Deus refletindo a submissão da Igreja à Cristo (vv. 22-24).

“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor,”Efésios 5.22
Quando o texto bíblico acrescenta a expressão “como ao Senhor”, está colocando um padrão altíssimo para a mulher. Ela deve ser submissa ao marido da mesma forma em que deve estar debaixo da autoridade do próprio Cristo.
Este tipo de submissão não é devida apenas ao marido. Todas as pessoas devem ser submissas a todas as autoridades, pois a Bíblia afirma que toda autoridade procede de Deus. É Ele quem concede autoridade ao presidente, aos governadores, aos juízes, ao seu patrão, etc. Por isso, aqueles que têm problemas em se submeter a elas, demonstram ter problemas em se submeter à autoridade do próprio Deus.
Por outro lado, a mulher que se submete ao marido demonstra ter um coração submisso ao próprio Cristo, e, neste sentido, sua vida manifesta o tipo de submissão que a Igreja deve ao Senhor. Deus é glorificado por isso, pois Sua autoridade é exaltada por mulheres que voluntariamente se sujeitam ao marido por reconhecerem, por detrás dele, a autoridade que vem do próprio Deus.
Em seguida, Paulo mostra porque a submissão da mulher ao marido é algo tão importante: porque representa a submissão que a própria Igreja deve a Cristo.
“23-pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24-Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.” Efésios 5.23-24
Ser submissa não significa ser inferior ao homem, ou que a mulher tem menos valor dentro da família, mas sim que, dentro do lar, o marido foi colocado por Deus como sendo a autoridade final. E podemos perceber que submissão não é sinônimo de ser inferior dentro da Trindade. Temos três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Os três são igualmente Deus, mas, no entanto, existe uma hierarquia de autoridade entre Eles, na qual o Pai está acima. O fato de Jesus estar abaixo nesta hierarquia não significa que Ele é menos Deus, ou menos importante.
Todos os seres humanos são iguais perante a lei. Não existe alguém que tenha mais valor do que outro. No entanto, existe diferença de autoridade entre as pessoas. Um juiz, como pessoa, possui o mesmo valor do que eu, mas por causa de sua função, ele tem autoridade sobre mim, e eu devo me submeter a ele.
Diante disso, podemos chegar às seguintes conclusões práticas:
  • Depois que o marido tomar uma decisão final (após uma conversa com a esposa), a esposa deve acatar a decisão sem crítica negativa ou rebeldia.
  • a mulher não deve tentar mandar no marido de forma indireta, através de chantagem emocional (lágrimas) e usando o sexo como arma.
  • é sábio que o marido tome as decisões junto com a esposa. Porém, em caso de divergência, a decisão final é do marido;
  • mulheres, consultem seus maridos antes de tomar uma decisão;
  • evite criticar de maneira errada as decisões do marido;
  • fale para seu marido aquilo que você espera dele como líder, não espere que ele adivinhe sua vontade;
  • não se rebele diante das decisões de seu marido, a menos que tenha um motivo bíblico.

2. Os maridos glorificam a Deus refletindo o amor de Cristo pela Igreja (vv. 25-33).

“Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela” Efésios 5.25
O texto bíblico nos mostra que o padrão de Deus para os maridos também é altíssimo. Eles devem amar suas esposas da mesma forma que Jesus amou a Igreja. E o amor de Cristo se manifestou por nós especialmente através de Seu sacrifício na cruz em nosso favor.
A Bíblia nos mostra que o sacrifício de Jesus pela igreja teve um objetivo. Ele foi feito com o propósito de santificá-la, para aperfeiçoá-la.
“26-para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27-e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.” Efésios 5.26-27
No verso 28, Paulo diz: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher”. Isso significa que, de certa forma, Deus espera que o amor dos maridos se manifeste em sacrifício que produza crescimento e santificação na vida das esposas. Os maridos são, portanto, pastores de suas esposas.
O sacrifício que Deus espera dos maridos em relação às suas esposas não é de qualquer natureza. Existem maridos que se sacrificam no trabalho para dar boas condições financeiras para a esposa. Existem aqueles que se empenham em satisfazer a esposa emocionalmente, socialmente ou sexualmente. Porém, a Bíblia ordena que os maridos cuidem de suas esposas espiritualmente. O sacrifício, de acordo com o texto, é para produzir santificação.
Maridos, não vale a pena conquistar o mundo (negócios) e perder a sua esposa e família. Dedique tempo à sua esposa. Não precisa ser horas do seu dia, mas planeje-se para sempre ter tempo para ela.
  • proporcione tempo para que sua esposa busque a Deus;
  • lidere espiritualmente o seu lar (orações, conversas, culto doméstico, etc);

Veja algumas sugestões práticas:

  • Tempo de sofá: Pode ser apenas quinze a vinte minutos do seu dia para se sentar com sua esposa e perguntar como foi o dia dela e ouvi-la.
  • Tempo devocional: o marido também é o líder espiritual da família. Separe um tempo para orar e ler a Bíblia com sua esposa para que vocês possam crescer juntos.
Assim como Cristo ama a Igreja, que é o Seu corpo, nós devemos amar nossa esposa, pois ela é o nosso corpo. A Bíblia diz que quando nos casamos ocorre a união mais profunda entre dois seres humanos: os dois se tornam uma só carne. Também ensina que já não temos mais poder sobre o nosso corpo, pois ele pertence ao nosso cônjuge (1 Coríntios 7.4). Por isso, ao amar sua esposa, na verdade, estará amando a si mesmo:
“Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” “Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.” Efésios 5.28-32
Ao fazer isso, estamos manifestando o amor que Cristo tem pela Igreja. A relação entre as duas coisas é tão íntima que Paulo começa o verso 31 falando do casamento e no 32 afirma estar se referindo, na verdade, a Cristo e à igreja. E a conclusão, em seguida é:
“Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.” Efésios 5.33
O seu casamento está sendo uma ilustração fiel do relacionamento entre Cristo e a igreja? Para que seja assim, é preciso investir no relacionamento. É preciso conversar, buscar a Deus (separados e juntos), orar, e praticar os princípios bíblicos.
Que a glória do Deus invisível se torne visível às pessoas por meio do seu casamento.

HISTÓRIA CRISTÃ - A CONVERSÃO DE AGOSTINHO

agostinho 150x150 História Cristã   Conversão de Agostinho
“Senhor, torna-me casto, mas não agora”, disse um intelectual, voltado à sensualidade, que flertava com o cristianismo — e com muitas outras coisas também. Depois de se entregar a Deus, esse homem não mais teria problemas para ser casto e se tornaria um dos mais influentes escritores que a igreja já conheceu.

Esse homem complexo era Aurelius Augustinus, mais conhecido por Agostinho. Nasceu em 354, na cidade de Tagaste, filho de mãe cristã, Mônica, e de pai pagão, Patrício, que era oficial romano.
Ao perceber o brilhantismo de seu filho, Mônica e Patrício procuraram as melhores escolas para ele. Estudou retórica em Cartago e foi estimulado a ler autores latinos como Cícero. Convencido por seus estudos de que a verdade era o objetivo da vida, em um primeiro momento rejeitou o cristianismo, porque via nele uma religião para as pessoas de mente simples.
Quando era adolescente, Agostinho tomou para si uma concubina que lhe deu um filho. Pelo resto de sua vida, Agostinho olharia para seus dias passados em Cartago com aversão. Na obra chamada Confissões, comenta: “Cheguei a Cartago, onde um caldeirão de amores profanos estava chiando e borbulhan-do ao meu redor”.
O jovem incansável experimentou o maniqueísmo, que ensinava ser o mundo um campo de batalha entre a luz e as trevas, a carne e o espírito. O maniqueísmo, no entanto, não conseguiu satisfazer o desejo de Agostinho de encontrar a verdade definitiva.
Tampouco conseguiu encontrá-la no neoplatonismo.
Assolado pela própria insatisfação espiritual, Agostinho se mudou de Cartago para Roma e depois para Milão, ensinando retórica nessas cidades. Em Milão, ele se encontrou com o bispo Ambrosio e aprendeu que nem todos os cristãos eram pessoas de mente simples, pois aquele homem era brilhante.
Em 387, enquanto estava sentado em um jardim em Milão, Agostinho ouviu uma criança cantar uma música que dizia: “Pegue-a e leia-a, pegue-a e leia-a”. Agostinho leu a primeira coisa que encontrou na sua frente: a epístola de Paulo aos Romanos. Quando leu Romanos 13.13,14, as palavras de Paulo que versam sobre o revestir-se do Senhor Jesus em vez de deleitar-se com os prazeres pecaminosos tocaram profundamente seu coração, e Agostinho creu. “Foi como se a luz da fé inundasse meu coração e todas as trevas da dúvida tivessem sido dissipadas.”
Apesar de Agostinho estar feliz com sua vida monástica tranqüila, sua reputação de cristão brilhante se espalhou. Em 391, ele foi pressionado a ser ordenado sacerdote. Em 395, tornou-se bispo da cidade de Hipona, no norte da África.
Todas as controvérsias de seus dias envolviam o bispo Agostinho. O grupo donatista tinha grande preocupação no sentido de que o clero tivesse a moral adequada. Sob a perseguição do imperador Diocleciano, alguns clérigos entregaram cópias das Escrituras a seus perseguidores para que fossem queimadas. Mais tarde, alguns desses “traidores”, como eram chamados, foram readmitidos no clero. Os donatistas se recusaram a aceitar os “Traidores” e estabeleceram uma igreja rival. Milhares de donatistas viviam na diocese de Agostinho.
Agostinho negava a necessidade de uma igreja rival. Embora, como disse, pudessem existir algumas pessoas que não fossem exatamente santas na igreja, só havia uma igreja. Os sacramentos, que Agostinho definia como sinais visíveis da graça invisível, não eram eficientes em razão da justiça do sacerdote, mas devido à graça de Deus operando por intermédio deles. A visão de Agostinho prevaleceu, e o movimento donatista perdeu força.
Pelágio, um monge inglês, espalhou a heresia em que afirmava que a ação do homem era essencial em sua opção por Deus. Embora a graça de Deus tivesse seu papel, ela não era tudo. Pelágio não ensinava que o homem poderia salvar-se a si mesmo, mas negava que o pecado tivesse sido herdado de Adão.
Agostinho se opôs a essa idéia, dizendo que ninguém poderia escolher o bem a não ser que Deus o levasse a fazer isso. Na verdade, Deus havia predestinado os eleitos, seus redimidos, e nada do que o homem pudesse fazer mudaria o decreto eterno. Em 431, um ano depois da morte de Agostinho, o Concilio de Éfeso condenou oficialmente o pelagianismo.
Agostinho não apenas desafiou a heresia, mas, em sua obra Confissões, descreveu sua busca espiritual, talvez, a primeira autobiografia verdadeiramente espiritual. A famosa frase “inquieto está nosso coração enquanto não repousa em ti” vem do primeiro parágrafo dessa obra.
Pelo fato de os ensinamentos de Agostinho tem se tornado tão fundamental ao cristianismo, não percebemos como ele foi original em seus dias. Seus pensamentos se espalharam tanto entre os teólogos católicos quanto entre os protestantes. Lutero e Calvino o citavam constantemente; gostavam de sua ênfase na graça de Deus e na incapacidade do homem de salvar-se a si mesmo.
Agostinho escreveu centenas de tratados, cartas e comentários. Sua obra clássica, intitulada A Trindade é provavelmente o trabalho mais conhecido sobre o assunto. Entretanto, sua obra mais importante foi A cidade de Deus, trabalho monumental escrito em resposta à queda de Roma diante dos visigodos. Algumas pessoas culparam os cristãos pelo acontecido, e alegavam que Roma caira porque seu povo rejeitara os deuses nativos. Em razão dessas afirmações, Agostinho respondeu defendendo e explicando o plano e a obra de Deus na história. Ele diz que, desde Caim e Abel, sempre houve duas cidades no mundo: a cidade de Deus (os fiéis) e a cidade dos homens (a sociedade paga). Embora elas se inter-relacionem, Deus cuidará para que a cidade de Deus — a igreja — permaneça por toda a eternidade.
Embora Agostinho tenha escrito no final da era antiga, seus pensamentos influenciaram os estudiosos da Idade Média e perduraram até a Reforma.
Extraido do Livro: Os 100 Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo

USO DE DROGAS NA JUVENTUDE EVANGÉLICA

drogas1 150x150 Estatísticas mostra que jovens evangélicos estão mergulhando no submundo das drogasAvanço das drogas na sociedade bate à porta da igreja e jovens evangélicos já fazem parte de estatísticas do vício.
Tudo começou com um punhado de anfetaminas e o desejo desenfreado de vencer no ciclismo. Mas logo vieram o ecstasy, a cocaína, o crack, as brigas com a família e os roubos para manter o vício que acabara de se instalar. A cada capítulo, o drama vivido por Danilo Gouveia, personagem interpretado pelo ator Cauã Reymond na novela Passione, da Rede Globo, mexe com os telespectadores e choca a sociedade com a dura realidade das drogas. Não é o primeiro sucesso do showbiz macional em cima do assunto. Há pouco tempo, o longa Meu nome não é Johnny, baseado no livro do jornalista Guilherme Fiuza, ganhou as telas dos cinemas ao revelar as desventuras de João Guilherme Estrella, um jovem que tinha tudo na vida, menos limites, pelo mundo das drogas. Em comum, histórias como as de Gouveia e Estrella alertam dramaticamente que ninguém está livre desse perigo – nem mesmo aqueles que estão aparentemente nas situações mais seguras, aos olhos dos homens. Johnnatan Wagner Richele Guardian, hoje com 25 anos, sabe muito bem o que isso significa. Nascido numa família de pastores, Johnnatan cresceu dentro de uma congregação da Igreja do Evangelho Quadrangular, numa pacata cidade do interior das Minas Gerais. Na adolescência, envolveu-se com o grupo de mocidade e começou a tocar nos cultos. Tinha talento e um futuro promissor. Mas trocou tudo pela bebida e pela droga. A ponto de terminar traficando cocaína e crack nas ruas da cidade de São Paulo. Tornara-se um dependente.
Para quem observa hoje o trabalho e o envolvimento do obreiro Johnnatan com a juventude da Igreja Internacional da Graça de Deus, onde se prepara para o pastorado, é até difícil imaginar o que pode ter acontecido para um moço aparentemente tão fervoroso espiritualmente ter se esfriado tanto. “As pessoas sempre me viam nos cultos, mas não sabiam o que se passava comigo”, conta. Repetindo o que acontece com tantoa garotos que crescem numa aparente segurança espiritual dentro das igrejas, ele estava longe da fé fervorosa da avó, que sempre o levava aos cultos. “Eu achava tudo muito careta e, influenciado por alguns amigos, pensava que ser crente era viver escondido atrás de uma Bíblia”. Aos 19 anos, o rapaz deixou a igreja. Com a “ajuda” daqueles mesmos amigos, começou a beber. Dali para as drogas, foi um passo.
A família, no entanto, não desconfiava de nada. Só veio a descobrir a verdade quando Jonathan foi morar com a mãe, na capital paulista. Como o que ganhava já não era suficiente para comprar tóxicos, começou a vender coisas de casa até ser flagrado pela mãe. Já estava dominado pelo vício. Nos anos seguintes, não foram poucas as tentativas de deixar as drogas, mas elas sempre terminavam em fracasso. Bastava uma discussão que o deixasse mais nervoso para Johnnatan mergulhar novamente naquele mundo. “Quando ficava desempregado ou o dinheiro acabava, vinham as vozes no ouvido: ‘Por que você não se mata? Jogue-se da ponte!’. Era terrível”, recorda. Conseguiu sobreviver até que um de seus patrões o levou de volta à igreja, onde recebeu a Cristo como Salvador. Logo foi incentivado a largar o vício. Essa decisão, assim como a de romper com velhas amizades e até mesmo um namoro, foram decisivas para que ele tivesse êxito.
Histórias de crentes que enfrentam o pesadelo das drogas chegam a soar muitas vezes quase como surreais. Porém, o que mais impressiona não são experiências sobrenaturais ou as misérias enfrentadas quando a pessoa chega ao fundo do poço, mas perceber que esses casos se multiplicam. Por si só os números que envolvem as drogas têm dimensões infinitamente maiores do que qualquer das pragas descritas no Apocalipse. Estima-se que, em todo mundo, mais de 210 milhões de pessoas usem algum tipo de droga ilegal. Dessas, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas, 26 milhões enfrentam problemas sérios, como a dependência de substâncias mais pesadas, especialmente nos grandes centros urbanos. É um problema de saúde pública, inclusive no Brasil, onde estima-se que haja quase 900 mil usuários. Mas, quando se pensa que uma parte desse contingente é formado por jovens filhos de crentes ou desviados das igrejas, a preocupação é ainda maior.
O pastor Cilas, dirigente de uma igreja pentecostal do Rio de Janeiro, pede que a reportagem omita seu sobrenome e o nome de seu filho mais novo, de 22 anos. Mas não esconde que vive esse drama: “Eu prego a libertação que há em Jesus no púlpito, mas esse processo ainda não aconteceu na minha casa”, lamenta o religioso. No fim da adolescência, o filho, que desde bebê acostumou-se a ouvir cânticos e mensagens de fé na congregação frequentada pela família, deixou de ir aos cultos. Alegava que queria ficar em casa e assistir televisão aos domingos, mas quando se via sozinho, saía furtivamente. “Pensamos que era aquela coisa de adolescente rebelde, que um belo dia vai ter uma experiência com Cristo e mudar de vida”, diz Cilas. O problema era muito maior – o garoto já andava com outros rapazes mais velhos, que o iniciaram nas drogas. Passo seguinte, abandonou os estudos e agora pouco aparece em casa, para desespero dos pais. “Às vezes, fico semanas sem vê-lo, sem nem mesmo saber se está vivo ou morto”, entristece-se o pastor, que admite a própria culpa. “Tinha tanto interesse em buscar as almas perdidas que não percebi que tinha um perdido sob meu teto.”
RELAÇÃO PERIGOSA
Não existem pesquisas nem números que quantifiquem de fato essa relação perigosa dos jovens evangélicos com as drogas. Mas basta analisar o perfil dos pacientes internados nas muitas casas de recuperação para dependentes químicos espalhadas pelo Brasil para perceber que vários deles têm ou tiveram alguma relação anterior com o Evangelho. Essa constatação se repete nas ruas. No Rio de Janeiro, missionários que trabalham nas favelas costumam relatar encontros em que traficantes pedem orações. “Cansei de conhecer traficantes filhos de crentes”, confirma o missionário Pedro Rocha Júnior, de Jovens com uma Missão, a Jocum. Atualmente no Cairo (Egito), ele passou mais de uma década pregando o Evangelho e prestando serviços sociais no Morro do Borel, zona norte da capital carioca, num tempo em que a comunidade era dominada pelo narcotráfico. “Muitos dos traficantes tinham nomes bíblicos, como Ezequiel, Davi, Josué. Gente criada na igreja, mas que depois pulou fora e caiu no vício.”
Em São Paulo, na chamada Cracolândia – área da região central da cidade que ganhou fama pelo tráfico de drogas e pela prostituição, além dos delitos praticados a céu aberto e em plena luz do dia –, meninos e meninas que um dia cantaram em corais juvenis de igrejas agora não passam de moribundos que vagam pelos becos alucinados pela próxima dose. “É assustador ver que tanta gente com quem trabalhamos saiu de igrejas e provêm de famílias evangélicas. Seja por terem uma religião apenas nominal ou por experimentarem alguma frustração com o sistema, foram presas fáceis para a tentação das drogas”, explica a advogada e missionária Selma Maria de Oliveira, de 33 anos. Ela integra a Missão Cena, organização interdenominacional que trabalha na região da Cracolândia. Sua sede, localizada próximo dali, é um refúgio para quem já não pode contar com mais nada nem ninguém. A cada terça-feira, centenas de moradores de rua e viciados dirigem-se à base para comer, tomar banho, cortar o cabelo e trocar de roupa. Lá, encontram abrigo temporário, mas que pode se transformar em permanente: após passar por uma triagem, os usuários de drogas têm a possibilidade de conseguir tratamento na Fazenda Nova Aurora, centro de recuperação que a missão mantém em Juquitiba, no interior paulista.
A impressão dessa alta presença de ex-crentes entre os viciados foi partilhada pelo repórter de CRISTIANISMO HOJE. A revistaacompanhou na região central de São Paulo o trabalho de uma equipe de obreiros da Cena. Conversando com usuários de drogas como o crack, é possível perceber a origem e formação evangélica de diversos deles, como um rapaz que falava da Bíblia para moradores de rua. Antes, líder do louvor numa igreja pentecostal, ele agora se tornou traficante. Mesmo pedindo para não ser identificado, falou um pouco sobre sua história. Ainda guarda do Evangelho a certeza de que há perdão e restauração em Cristo, mas, por enquanto, diz não ter forças para sai do fundo do poço. “Tenho esperança de que um dia voltarei para os caminhos do Senhor”, diz. Mesmo assim, garante, fala do amor de Jesus aos outros. “Até ensino o pessoal a cantar alguns hinos”, diz, sorrindo.
“Há pelo menos quatro fatores que podem explicar o vício entre os jovens: o físico, o psicológico ou emocional, o social – e também o espiritual”, explica a psicóloga Gisele Aleluia, professora do Instituto de Integração da Família (Inif) e de pós-graduação na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Coautora do livro Drogas.sem (Editora BestSeller), em que orienta como ajudar alguém que pretende deixar o vício, ela diz que os adolescentes são presas fáceis quando buscam reconhecimento entre os amigos e acham que as drogas os ajudarão a ser mais populares ou vencer a timidez na hora de namorar. Já outros, na ponta oposta, são por demais curiosos e autossuficientes para achar que correm riscos. “A mesma falta de perspectivas pode ser encontrada entre aqueles inseguros, que vão atrás de alívio para seus problemas”, aponta.
Pesquisa recente mostrou que um em cada quatro estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública brasileira já experimentou algum tipo de droga, além do cigarro e das bebidas alcoólicas. Num desafio ao bom senso, experimentam esse tipo de substância cada vez mais cedo. Há dez anos, a média de idade para o primeiro contato era de 14 anos. Agora, não passa de onze. As pesquisas também revelam que, devido à exibição na televisão dos efeitos devastadores dos entorpecentes na vida de viciados e às campanhas de prevenção, a juventude brasileira sabe o tamanho desse problema. Ainda assim, boa parte dela não consegue ficar longe de um baseado de maconha ou um papelote de cocaína.
“No meio evangélico, some-se a tudo isso o ambiente repressor de muitas igrejas. Ao sair desse sistema, o jovem está vulnerável e despreparado”, continua a psicóloga Gisele. “Justamente por conta dessa tolerância para com os de fora e intolerância para os de dentro, a igreja tem facilidade para lidar com quem pede ajuda e dificuldade para auxiliar alguém já recuperado que recai”, diz. Membro do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC), ela lembra o caso de um de seus pacientes. Filho de pastor, hoje, ele luta contra o vício. “A pessoa quer mostrar sua rebeldia usando tóxicos. No caso desse rapaz, ele me confessou que seu pai o havia prendido a vida inteira. Finalmente, quando conseguiu sair, saiu demais.”
ESPIRITUALIDADE TERAPÊUTICA
Do ponto de vista da ciência, as drogas são uma doença. Um problema sério, capaz de acabar com relacionamentos e inviabilizar o estudo e o trabalho – e que precisa do devido acompanhamento e de soluções à altura. Mesmo assim, até na área médica já existe um consenso de que a espiritualidade tem um papel muito importante para prevenir e tratar a dependência química. No mais amplo estudo realizado no Brasil sobre o tema, de autoria de pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), mais de 16 mil estudantes foram envolvidos. A conclusão foi de que a religiosidade é fator importante de prevenção ao vício.
Essa também é a opinião dos órgãos governamentais responsáveis pela política nacional de combate às drogas. “As instituições religiosas são fundamentais para minimizar o impacto do uso das drogas na população. Ter fé auxilia no enfrentamento do estresse e de situações difíceis na vida, que são fatores de risco para o uso dessas substâncias”, defende Paulina Duarte, secretária adjunta da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Dentro da estratégia de priorizar a prevenção, um dos principais projetos da instituição é o curso Fé na Prevenção, desenvolvido para capacitar os religiosos a trabalhar na área. O objetivo era chegar ao fim de 2010 com 200 mil pessoas treinadas.
“Valores espirituais protegem a pessoa das drogas. Por isso, torna-se tão importante falar a língua do jovem”, faz coro Gisela. Acontece que normalmente famílias e igrejas que enfrentam o perigo das drogas com seus jovens têm dificuldade para fazer a pressão na medida certa e ao mesmo tempo manter o mínimo de diálogo. Na lacuna, quem entra com força são os centros especializados no acolhimento e tratamento a viciados. Não por acaso, a maior parte das casas de recuperação são evangélicas ou católicas, sendo procuradas também por quem não tem religião. Mas a demanda é grande demais, inclusive por parte das igrejas e famílias evangélicas que as veem como última esperança. Só a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb) representa cerca de 300 instituições do gênero no Brasil. Quem atua no setor quer fazer mais. “Para prestar um serviço relevante à sociedade precisamos nos qualificar, mas também melhorar nossa estrutura física”, diz o presidente da entidade, pastor Wellington Vieira. “Um primeiro passo é o reconhecimento dos governos federal, estaduais e municipais ao nosso serviço e parcerias que nos permitam adaptar-nos às exigências da Vigilância Sanitária para o funcionamento das clínicas”, reivindica.
A fé, contudo, não faz milagres sozinha. “Não adianta somente se dizer evangélico. Se a família que frequenta a igreja é disfuncional, a chance de seus filhos pararem nas drogas é alta”, constata o pastor Carlos Roberto Pereira da Silva, do Desafio Jovem de Rio Claro (SP). Desde 1998, a casa é a representante oficial do Ministério Desafio Jovem Internacional, criado quarenta anos antes nos Estados Unidos pelo pastor David Wilkerson, cuja história está registrada no best-seller A cruz e o punhal (Editora Betânia). Na época, Wilkerson, pastor de uma Assembleia de Deus no interior do país, mudou-se para Nova Iorque a fim de evangelizar gangues que disputavam o poder nas ruas da metrópole.
“O tratamento é melhor estruturado e mais complexo agora”, destaca Carlos, “mas, ainda hoje, a filosofia de trabalho permanece a mesma. Temos uma das melhores porcentagens de recuperados no país, com mais de 70% de sucesso. Nos Estados Unidos, o índice chega a 86%”. Ele é parte dessa estatística, já que, no passado, foi viciado e chegou a roubar e traficar drogas. Com conhecimento de sobra, o pastor não tem ilusões em relação ao assunto. “Infelizmente, muitas igrejas querem lidar com viciados sem o mínimo de estrutura. Não se tira alguém das drogas com uma simples oração ou unção com óleo”. Mas sabe que o Evangelho de Jesus continua tendo poder de mudar vidas. “Acredito que a Igreja brasileira continua sendo um lugar terapêutico, mas é preciso voltar a tocar a trombeta do despertamento.”
Johnnatan, o futuro pastor que abre a reportagem, tem feito isso. Exceção à regra, ele superou o vício sem precisar ser internado em uma casa de recuperação. Mas sabe que precisa vigiar. As recaídas são das maiores ameaças a ex-viciados, e ele já passou pela experiência. “E não quero repetir nunca mais”, afirma. Consciente da situação, hoje Johnnatan ajuda a tirar outros jovens do submundo das drogas. Quase toda semana, visita instituições de atendimento, onde testemunha e encoraja os internos a continuarem o tratamento. “Se eu consegui, você também consegue”, costuma repetir para rapazes e moças – muitos dos quais, como ele, deixaram para trás os tempos de comunhão com o Senhor e os irmãos para entrar num caminho nem sempre com retorno.
Pesadelo global
Segundo a ONU, 210 milhões de pessoas no mundo usam substâncias ilegais
Destas, 26 milhões são seriamente viciados em drogas pesadas
No Brasil, usuários frequentes e viciados chegam a 900 mil
Há dez anos, a idade média do primeiro contato era 14 anos. Hoje, é de 11 anos
1 em cada 4 estudantes brasileiros de ensino fundamental e médio já experimentaram
Solução arriscada
A última conferência da Comissão de Entorpecentes da ONU, realizada em Viena, Áustria, em 2008, foi palco para surpresas desagradáveis. A primeira foi o trágico balanço da luta contra as drogas. A proposta de criar “um mundo livre das drogas”, slogan aprovado pela entidade dez anos antes, foi um fracasso retumbante. A segunda, a ressurreição das vozes que clamam pela legalização do uso de substâncias consideradas ilícitas. Mesmo derrotada, a proposta é cada vez mais forte no mundo moderno.
Historicamente, a legalização das drogas trouxe mais males do que benefícios. Há cem anos, a China só conseguiu conter o crescimento do consumo de ópio quando passou a combatê-lo. Com isso, evitou uma catástrofe nacional, já que 25% da população era viciada. Em países como a Holanda, que liberou a compra de até cinco gramas de maconha em lojas, criou-se um “turismo da droga” – além disso, bairros inteiros da capital Amsterdã se degradaram.
Blindagem familiar
São muitos os caminhos, as oportunidades e as necessidades que levam o jovem às drogas. Mas a família não deve encarar o pesadelo como inevitável ou definitivo:
· Diálogo constante e compreensão na medida certa, com demarcação de limites claros, continuam sendo as melhores opções para manter os filhos longe do vício
· A fuga para as drogas geralmente é sintoma de que algo não vai bem em casa. Os pais precisam exercitar a autocrítica o tempo todo
· O filho deve ser conscientizado, desde cedo, que é o principal responsável por seus atos – e a principal vítima de suas eventuais consequências ruins
· Famílias acomodadas correm mais riscos de serem surpreendidos pelas drogas. Os pais devem acompanhar a rotina, fiscalizar companhias e programas dos filhos e, sobretudo, ganhar sua confiaça
· O drama das drogas muitas vezes não se resolve e pode levar o filho à ruína pessoal e à morte. A família não deve minimizar o uso de substâncias entorpecentes ou considerar que a prática é coisa normal do processo de formação e amadurecimento do jovem
· Repetidos estudos têm mostrado a importância da prática religiosa como forma de prevenção ao vício. Pais crentes devem incentivar o desenvolvimento da vida espiritual dos filhos e seu engajamento numa congregação
Fontes: Desafio Jovem e Clube 700 (adaptado) / Cristianismo Hoje / Portal Padom