quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Simonia neopentecostal




Simonia pode ser definida como a venda de favores divinos, bênçãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, e outras coisas mais. A etimologia da palavra provém de Simão, mencionado por Lucas em Atos dos Apóstolos (8.18,19), que tentou comprar de Pedro o poder de transmitir, pela imposição de mãos, o Espírito Santo ou de efetuar milagres.


Na Idade Média, a simonia provocou sérios problemas à postura moral da Igreja. A prática da simonia foi uma das razões que levou Martinho Lutero a escrever as suas "95 teses" e a se rebelar contra a autoridade de Roma.


Hoje, a simonia, infelizmente, é uma das principais características do neopentecostalismo brasileiro, no qual bênçãos e prosperidade são trocadas por dinheiro. Igrejas como a Universal do Reino de Deus e a Internacional da Graça, dentre tantas outras, têm, ao longo dos anos, propalado heresias das mais estapafúrdias, comercializando, em seus cultos, objetos mágicos, utensílios ungidos e outros tantos produtos mistificados.


Vale a pena ressaltar que o apóstolo Pedro, diante da oferta de Simão, não se deixou levar pela tentação do dinheiro, antes, pelo contrário, repreendeu severamente aquele que desejava comprar as bênçãos de Deus.


Caro leitor, a simonia é um pecado grave que deve ser combatido pela Igreja de Cristo. Sem sombra de dúvidas, a prática de comercializar a fé não é bíblica, e os que agem dessa forma devem ser repreendidos, bem como chamados ao arrependimento publicamente.


Em suma, afirmo que fazer vista grossa aos simonistas pós-modernos, constitui um grave pecado diante do Senhor que exige de nós firmeza e zelo pela sua Palavra.

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