terça-feira, 31 de maio de 2011

DEZ MANEIRAS DE DESTRUIR UM CASAMENTO



Como um casal através do abuso do poder pode destruir o casamento.
Pr. Josué Gonçalves
Solicitar e exigir o centro das atenções.
Um cônjuge pode tender a monopolizar a relação, pedir atenção, exibir suas realizações e deixar os outros esperando a fim de manter um senso de controle. A pessoa que busca o controle irá exigir constantemente aprovação. Para isso, o ponto central da discussão deve ser sempre ela.
Manipular, mandar e castigar.
A manipulação através da repreensão, desprezo, críticas, acusações e regularizações que destrói o vínculo conjugal. A vantagem é do atacante, e eles logo aprendem que é importante atacar primeiro. Como resultado, o que toma a iniciativa acusa o outro de ser o responsável pelo que considera um erro. Este tipo de poder conjugal coloca o parceiro numa posição defensiva e o torna vulnerável à manipulação do atacante.
Negar intimidade.
O cônjuge que deseja o poder muitas vezes irá criar e manter a distância do parceiro. O medo de perder o “controle” não permite intimidade. Esse tipo de abuso pode levar o parceiro ignorado a procurar calor, aceitação e amizade em outros lugares.
Apenas receber
“O que eu ganho com isso?”, é a pergunta na mente desse cônjuge. Algumas vezes o “recebedor” fará uso do charme, inteligência persuasão, desaprovação ou desprazer para conseguir o que quer dos outros. A tendência de usar o cônjuge com fins egoístas, não colaborando e tentando manipulá-lo, pode destruir a auto-estima da pessoa que está sendo vítima deste abuso.
Se um cônjuge precisa sempre receber, o outro tem de se mostrar sempre liberal.
Buscando o controle – o(a) controlador(a).
Os que temem que a vida possa controlá-los, no geral viram a mesa a fim de certificar-se de que controlam os outros. O “controlador” se torna mestre em ocultar do cônjuge os seus sentimentos, intelectualizando as situações, a fim de evitar mostrar emoção. Este cônjuge priva o relacionamento da espontaneidade, no esforço de manter sua imagem de parceiro que mantém o controle.
Apresentando uma imagem de retidão – o cônjuge fariseu.
Infelizmente, muitos cônjuges pensam que sua bondade lhes trará realização, alegria, paz e felicidade na relação conjugal. Esta é a razão de se sentirem compelidos a apontar as fraquezas de outros. A briga neste tipo de relacionamento é caracterizada por um egoísmo que considera apenas os seus sentimentos e opiniões pessoais. O parceiro então desanima. Em razão de nunca ser suficientemente bom, o cônjuge abusado começa a assumir o papel de “mau” no relacionamento.
Mostrar-se superior.
A prioridade aqui é ser melhor que os outros. Esta atitude, lamentavelmente, se reflete com mais freqüência nos cristãos. Na realidade, o cônjuge “superior” muitas vezes se sente inadequado ou não se acha a altura do parceiro. O abusador, então, compensa o seu sentimento esforçando-se para ser mais competente, eficiente, reconhecido e útil ao outro.
O parceiro oprimido, em conseqüência, se fecha no que diz respeito a correr riscos e compartilhar no casamento, temendo que suas palavras sejam interpretadas de maneira diferente da pretendida. Torna-se submisso, controlado, manipulado e cauteloso, procurando a todo custo evitar ferir a sensibilidade do cônjuge “superior”.
Buscando vingança.
Quando o cônjuge se sente desarmado e traído, sem esperança de vir a ser aceito, quase sempre busca vingar-se. O parceiro desanimado pode começar a ferir seu cônjuge verbalmente ou fisicamente, a fim de ficar quites.
Acredite, algumas pessoas mantém registros em sua mente sobre relacionamento conjugal. A vingança se torna, portanto, uma obsessão, deixando o outro cônjuge numa posição decididamente desvantajosa.
Esperando demais.
Quando as coisas não vão bem no casamento, a ameaça de rejeição pode provocar desânimo no cônjuge vitimado. Esta tática de poder, espera continuamente que o parceiro seja “mais e mais” e faça “mais e mais” para manter feliz o dominador. O parceiro mais fraco começa a compreender que, por mais que se esforce, jamais alcançará os padrões estabelecidos pelo “mais forte”. Expectativas irreais pode intimidá-lo a ponto de fazê-los sentir incapaz de vir a ser aceito um dia.
Reter afirmação e conhecimento.
Quando deixamos de reconhecer o progresso e de apoiar a quem mais amamos, privamos o nosso parceiro da motivação que necessita para manter-se no caminho da excelência. Pegar na mão do cônjuge ou dar-lhe um abraço amável e amoroso irá operar maravilhas e ajudá-lo a melhorar cada vez mais. A espontaneidade de um beijo no rosto ou de um abraço apaixonado pode produzir o melhor dos efeitos e afirmar mais do que podemos imaginar em nosso casamento.
Bibliografia: Richard W. Dortck - Orgulho fatal – Editora CPAD.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O VENENO DA FOFOCA



UMA DAS MANIFESTAÇÕES mais negativas do segundo nível da intimidade é a fofoca. A fofoca se define como um boato irrelevante, muitas vezes sem fundamento e geralmente de natureza pessoal, sensacionalista ou intima; pode ser também uma conversa trivial em que se tecem considerações sobre o caráter de outra pessoa.
Todos nos fazemos fofoca. Alguns mais do que os outros, mas a verdade é que todos já nos divertimos fofocando em algum momento. A fofoca proporciona uma certa satisfação adolescente de estar “por dentro” da situação. Nossos egos ficam inflados quando conseguimos contar a alguém algo que sabemos, mas que ele ignora e quer saber.
A fofoca pode começar com fatos, mas em geral é reforçada muito depressa por especulações que pertencem ao reino da imaginação. O grave é que, com nossa especulações, podemos causar um mal imenso aos outros.
Fofoqueiros são covardes e nunca são amigos de verdade. Um amigo de verdade esta interessado em ajudar a nos tornarmos pessoas melhores, e certamente à fofoca não contribui em nada para isso. Muito pelo contrario: a fofoca diminui o caráter de quem a espalha, prejudica o caráter de quem a escuta e com freqüência causa danos irreparáveis a reputação de quem é o seu alvo.
Nunca fale de forma a fazer com que seu interlocutor pense mal de quem quer que seja. Só abra a boca quando isso for ajudar as pessoas a pensarem bem dos outros. Fale apenas quando as suas palavras puderem ajudar alguém a se tornar a melhor pessoa possível. Se não for assim, permaneça calado.
Cada uma dessas quatro máximas exige enorme controle e disciplina. Porem, se você permitir que guie a sua fala e as suas relações sociais, elas estarão contribuindo para o seu crescimento e para o daqueles com quem você convive.
Nenhuma pessoa gosta que se fale dela pelas costas. Apesar disso, todos os dias estamos expostos a situações em que as pessoas falam sobre os outro sem pensar. Se quisermos manter nossa dignidade e defender nossa integridade, precisamos aprender a lidar com essas situações sociais com graça e firmeza.
Se alguém estiver sendo espancado, espero que você não fique parado olhando. No mínimo, vá em busca de ajuda para impedir o espancamento. No entanto, todos os dias, ficamos parados e não fazemos nada enquanto pessoas são espancadas verbalmente por outras. Pior ainda, nem sequer nos sentimos indignados.
Para que a fofoca saia vencedora, basta isso: que homens e mulheres bem-intencionados não digam nada.
Reflita sobre as seguintes maneiras de reverter uma situação de fofoca: estão falando mal de um amigo comum chamado Mike.
Sua primeira tentativa pode ser simplesmente dizer: “Talvez a gente não conheça todos os fatos.” Se isso não mudar a conversa para um rumo mais positivo, prossiga: “Talvez seja bom conversar sobre isso da próxima vez que estivermos com Mike, para ele ter a oportunidade de dizer o que aconteceu de verdade.” E, se ainda assim não funcionar, acrescente: “Eu já fiz muitas coisas na vida que gostaria de não ter feito, talvez o Mike só tenha tido um momento de fraqueza.” Ou: “Talvez a gente deva dar a ele o beneficio da duvida. Se fosse comigo, certamente ia querer que me dessem.” Se todas essas tentativas fracassarem, sempre ajuda lembrar: “Eu nunca vou me esquecer de como o Mike ia buscar meus filhos no treino todas as semanas, durante meses, e os levava para jantar quando minha mulher estava doente. Sempre serei grato a ele por isso.”
Pense como uma pequena fogueira pode atear fogo em toda a floresta. A língua também é uma fogueira. É muito fácil atingir a reputação de alguém de um modo irrecuperável. A fofoca consegue nos ferir de uma forma indescritível; ela leva pessoas desconhecida a nos julgarem e nos nega a oportunidade de causar uma primeira boa impressão, porque esta foi formada pela fofoca que as pessoas escutaram.
Como você se sente quando sabe que as pessoas falaram de você pelas costas?
Eliminar a fofoca de nossas vidas não é tarefa fácil. Talvez você se surpreenda ao constatar a freqüência com que falamos fofocas sobre os outros ou participamos de uma conversa onde estar falando da vida alheia. Nosso desafio é aprender a arte de evitar situações desse tipo. E é surpreendentemente difícil evitar a fofoca, mesmo quando se faz um esforço consciente para isso.
Talvez os grandes líderes espirituais do passado possam nos ajudar nesse aspecto. Uma das grandes disciplinas espirituais existentes em quase todas as religiões, tradicionais ou não, é o jejum. O jejum é geralmente associado à comida e é realizado para nos libertar dos anseios e da escravidão do corpo. O jejum traz clareza à mente e ao espírito e nos permite ver quem somos e quem somos capazes de ser.
Apesar de ser uma pratica espiritual geralmente relacionada à comida, o jejum pode ser aplicado a qualquer coisa. Talvez você queira tentar fazer o seguinte exercício: na próxima semana, faça jejum de falar sobre os outros. Faça jejum de fofocas. Não escute e nem crie fofocas e, durante semanas, meses e anos, faça os outros saberem que esse assunto é inaceitável quando você esta presente.
Todas às vezes que se sentir tentado a comentar sobre a vida dos outros, pare um instante e pergunte-se: será que isso vai me ajudar ou ajudar alguém a se tornar a melhor pessoa possível?
Texto do Matthew Kelly

PRESSIONANDO DEUS..




Um garoto queria receber de Deus um presente de natal, resolveu lhe escrever uma carta. Ele pegou um papel e uma caneta e começou escrevendo: Deus, eu sou um filho obediente,... como não era verdade ele rasgou o papel e pegou outro. Neste ele escreveu: Deus,eu sou um aluno estudioso... como não era verdade, ele resolveu jogar fora e pegar outro. Neste ele escreveu, Deus: o Senhor sabe que eu    sou um menino caprichoso... como não era verdade, ele resolver jogar fora o papel de novo. Depois de vários inícios tentando escrever da melhor forma para Deus e querendo ser verdadeiro, o menino parou olhou para o lado e viu um presépio. Então teve uma idéia, foi até o presépio, pegou o menino Jesus e colocou no bolso. Sentou novamente com um novo papel e caneta, e escreveu: Deus, acabei de seqüestrar o seu filho, se quiser tê-lo de volta, é só pagar o resgate.
Há pessoas que são como esse garoto, olham para si mesmas e não encontram um motivo se quer que poderia levar Deus a abençoá-las, o que muito esquecem é que o significado da palavra graça é “favor que não merecemos”.

OS MALES DO SÉCULO XXI PARA A IGREJA

QUE PREGUES A PALAVRA, INSTES A TEMPO E A FORA DE TEMPO, REDARGUAS, REPREENDAS, EXORTES, COM TODA LONGANIMIDADE E DOUTRINA. PORQUE VIRÁ TEMPO EM QUE NÃO SOFRERÃO A SÃ DOUTRINA; MAS, TENDO COMICHÃO NOS OUVIDOS, AMONTOARÃO PARA SI DOUTORES CONFORME AS SUAS CONCUPISCÊNCIAS; II Timóteo 4.2-3.

Com toda certeza o Apóstolo Paulo falou à Timóteo (e à Igreja), inspirado pelo Espírito Santo!!!! Só de ler esta passagem, principalmente o versículo 3, podemos enxergar nitidamente o retrato deste século. Não precisamos "sair" do nosso país, para conhecer aberrações religiosas, procurando reconhecimento dentro da Igreja do Senhor, e por que não dizer:"até enganado alguns escolhidos". Infelizmente temos uma comunidade evangélica, não muito voltada para o estudo verdadeiro da Palavra de Deus, e como consequência disso muita, mas, muita confusão!!! Existem Igrejas Evangélicas que "misturam" ensino bíblico ortodoxo com doutrinas de Confúcio, das Testemunhas de Jeová, dos Adventistas, Sheixo-No-Ie, com o Espiritismo,  Esoterismo e outros ismos!! Quem sabe você não tem como 'vizinho' umas destas 'novidades', em alguns casos são até pentecostais. Não é "Fogo"!!!!! Mas, estes são de longe pequenos problemas, se comparados aos que encontramos no 'meio' da Igreja. Na primeira carta de Paulo à Timóteo 4.1-3 diz:" Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a própria consciência; Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade,a fim de usarem deles com ações de graças;
Durante toda sua história a Igreja do Senhor sofreu ataques. Primeiramente os cristãos foram perseguidos, mortos pela sua fé, juntamente suas famílias, suas casas incendiadas, seus bens confiscados. Também, a  Igreja lutou contra as Heresias, e esta batalha travamos até hoje! A passagem acima declara o que aconteceria com a Igreja como 'sinal dos tempos': expressamente diz que no últimos dias... Veremos então um pouco destes sinais.
1. satisfação das necessidades imediatas e materiais, como ponto principal do Cristianismo. Será? Inclusive confundem sucesso espiritual com prosperidade material.
2. crescimento em marcha da doutrina da prosperidade. Isso expõe a cara do pós-modernismo evangélico, onde muitas denominações neopentecostais e sem nenhuma orientação Teológica, mostram a vergonha evangélica nacional com hábitos e costumes nada normais, escandalizando assim a opinião pública, através da mídia. Na grande maioria dos casos, o dinheiro (ou o desespero em tê-lo) é o problema.
3. as igrejas evangélicas pentecostais tradicionais e algumas tradicionais de base, estão sucumbindo em meio a este 'vento de doutrinas', pastores estão buscando estas 'fórmulas' de crescimento, independente de serem anti-bíblicos. Umas das preocupações deste meio é a busca do reconhecimento pelos órgãos públicos, dos seus diplomas de Teologia (no caso o MEC), não há erro em buscar esse tipo de registro. O problema é que estas instituições usam métodos científicos para estudar a Bíblia, partindo do pressuposto que a Bíblia é apenas um livro religioso e não a Palavra de Deus. 
4. a Maçonaria está presente na igreja evangélica. Concluo o seguinte: o desespero em ter e acumular riquezas tem facilitado a entrada da mesma na igreja. Afinal não se fala da Maçonaria sem se falar em dinheiro e nos benefícios alcançados através da Irmandade? Seria possível ter como irmão um satanista ?
5. mudamos a mensagem. Esquecemos da Cruz, Salvação, Arrependimento, Pecado (nunca mais ouvi um sermão sobre pecado, parecem que os salários cessarão se falarem disso!), Justificação, Abnegação, etc... só ouvimos:"Seja próspero! Deus é rico, você tem que ser rico também! O diabo é o pai da pobreza, não seja filho dele!!!  E outro monte de baboseiras, recheadas de versículos isolados e mal interpretados.
6. esquecemos do amor! Não farei comentários...
7. parece que as igrejas nada lêem à respeito das qualificações exigidas para consagração/separação dos seus Obreiros. Temos um monte de "picaretas", "caloteiros", "golpistas", "fraudulentos", que encostaram a barriga no balcão do reino e não largam mais. Pessoas preguiçosas, que não tem coragem de trabalhar, e que nunca leram o que disse Paulo aos irmãos em Tessalonicenses 2.9 "Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus". Não tem a coragem de ler a Palavra de Deus, estudá-la, pesquisá-la. João 5.39 "Examinai as Escrituras..." Examinar segundo o dicionário Aurélio é:" Ponderar, observar ou analisar atentamente, minuciosamente: examinar um negócio". Sinônimos de Examinar: analisar, averiguar, estudar, explorar, indagar e investigar. Por estas e outras razões, conclamo  á Igreja de Jesus para orar e se preparar, pois, é findo o tempo!!!! Maranata! Ora vem Senhor Jesus.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

PORQUE O PL 122/2006 É INCONSTITUCIONAL


Antes de fazer qualquer comentário, é importante frisar que uma coisa é criticar conduta, outra é discriminar pessoas. No Brasil, pode-se criticar o Presidente da República, o Judiciário, o Legislativo, os católicos, os evangélicos, mas, se criticamos a prática homossexual, logo somos rotulados de homofóbicos. Na verdade, o PL-122 é contra o artigo 5º da Constituição, porque o projeto de lei quer criminalizar a opinião, bem como a liberdade religiosa.

Vejamos alguns artigos deste PL:


Artigo 1º: Serão punidos na forma desta lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gêneros.

Comentário: Eles tentam se escorar na questão de raça e religião para se beneficiar. O perigo do artigo 1º é a livre orientação sexual. Esta é a primeira porta para a pedofilia. É bom ressaltar que o homossexualismo é comportamental, ninguém nasce homossexual; este é um comportamento como tantos outros do ser humano.

Artigo 4º: Praticar o empregador, ou seu preposto, atos de dispensa direta ou indireta. Pena: reclusão de 2 a 5 anos.

Comentário: Não serão os pais que vão determinar a educação dos filhos — porque se os pais descobrirem que a babá dos seus filhos é homossexual, e eles não quiserem que seus filhos sejam orientados por um homossexual, poderão ir para a cadeia.

Artigo 8º-A: Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no artigo 1º desta lei. Pena: reclusão de dois a cinco anos.

Comentário: Isto significa dizer que se um pastor, ou padre, ou diretor de escola — que por questões de princípios — não queira que no pátio da igreja, ou escola haja manifestações de afetividade, irão para a cadeia.

Artigo 8º-B: Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs. Pena: reclusão de dois a cinco anos.

Comentário: O princípio do comentário é o mesmo que o do anterior, com um agravante: a preferência agora é dos homossexuais; nós, míseros heterossexuais, podemos também ter direito à livre expressão, depois que é garantida aos homossexuais. O parágrafo do artigo que vamos comentar a seguir "constituiu efeito de condenação".

Artigo 16º, parágrafo 5ª: O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.

Comentário: Aqui está o ápice do absurdo: o que é ação constrangedora, intimidatória, de ordem moral, ética, filosófica e psicológica? Com este parágrafo a Bíblia vira um livro homofóbico, pois qualquer homossexual poderá reivindicar que se sente constrangido, intimidado pelos capítulos da Bíblia que condenam a prática homossexual. É a ditadura da minoria querendo colocar a mordaça na maioria. O Brasil é formado por 90% de cristãos. Não queremos impedir ou cercear ninguém que tenha a prática homossexual, mas não pode haver lei que impeça a liberdade de expressão e religiosa que são garantidas no Artigo 5º da Constituição brasileira. Para qualquer violência que se cometa contra o homossexual está prevista, em lei, reparação a ele; bem como assim está para os heterossexuais. A PL-122 não tem nada a ver com a defesa do homossexual, mas, sim, quer criminalizar os contrários à prática homossexual — e fazem isso escorados na questão do racismo e da religião.


Fonte: Associação Vitória em Cristo
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Este conteúdo está autorizado para cópias desde que haja citação de fonte de origem, a Associação Vitória em Cristo. Reproduza-o informando que é permitido copiá-lo.

 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

COMO IGREJA NÃO PODEMOS ACEITAR PASSIVAMENTE



Nesta semana a imprensa de todo o Brasil noticiou: “Os casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira já estabelece para os casais heterossexuais. A partir da decisão de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF), o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo será permitido e as uniões homoafetivas passam a ser tratadas como um novo tipo de família.”
O que a Bíblia diz sobre tudo o que está acontecendo hoje? A igreja tem cumprido seu papel como SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO, como VOZ PROFÉTICA neste mundo tenebroso? Como nós lideres estamos respondendo a estas questões que afetam diretamente a família? Será estamos prontos para sofrer perseguições por causa das nossas posições muito bem definidas quanto ao homossexualismo?
O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo tudo aquilo que estamos vivenciando em nossos dias: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (2 Tm 3.1-5)

Como igreja, não podemos aceitar que os princípios da Palavra sejam violados e a vontade daqueles que desejam destruir os valores da família prevaleça. Na Bíblia, não há respaldo para união homossexual. No livro de Levíticos está o que Deus pensa sobre homossexualismo: “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.” (Lv 20.13)
O apóstolo Paulo, escrevendo para a igreja que estava em Roma, descreve uma realidade do seu tempo, bem parecida com a nossa: “...porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais,...” (Rm 1.21-30).

Respeitamos o direito de escolher e decidir das pessoas, porém, somos contra tudo aquilo que Deus abomina, tudo aquilo que fere os princípios das Escrituras Sagradas. Não podemos aceitar que no Brasil seja colocado em nós uma “mordaça gay”. É inadmissível aceitar passivamente que os homossexuais sejam tratados como um “ grupo especial” que não pode ser criticado. Se continuar assim, logo irá acontecer no Brasil o que aconteceu esta semana na Inglaterra, onde um pregador foi preso porque afirmou que homossexualismo é pecado. Veja a reportagem no site http://t.co/ivM9sBQ.
A igreja não apoia outro tipo de família que não seja formada por um casal heterossexual. Lemos na Bíblia: “Por isso deixa o homem seu pai e sua mãe e se une a sua mulher... (Gn 2.24) A PL 122 é uma afronta contra a família, e uma abominação aos olhos do Senhor.

Uma criança adotada por um casal de homossexuais, que visão ela terá de família? Se for dois homens, que visão terá de “mãe”? Se for duas mulheres, que visão terá do “pai”? E aquelas que forem geradas a partir de uma “ barriga de aluguel”? O certo é que qualquer família com um pouco de bom senso reprova esse tipo de “união”.

Estamos vivendo o tempo do fim e como nunca precisamos levantar um clamor que traga um avivamento que gera arrependimento nacional a fim de que o Senhor venha e sare a nossa terra. (1 Cro 7.14)

VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA FAMILIA EM INGLES?



Existem pequenas historias que nos ensinam grandes, hoje eu recebi um e-mail com essa linda história, leia até o fim e veja como precisamos aprender muito sobre relacionamento familiar.

Tropecei em um estranho que passava e lhe pedi perdão.
Ele respondeu: 
“desculpe-me, por favor, também não a vi.” Fomos muito educados, seguimos nosso caminhos e nos despedimos.
Mais tarde, eu estava cozinhando e meu filho estava muito perto de mim.
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente gritei com ele; ele se retirou sentido, sem que eu notasse quão dura que lhe falei. Ao me deitar Deus me disse suavemente: “Você tratou a um estranho de forma cortês, mas destratou o filho que você ama... Vá a cozinha e irá encontrar umas flores no chão, perto da porta. São as flores que ele cortou e te trouxe: rosa, amarela e azul... Estava calado para te entregar a surpresa e você não viu as lágrimas que chegaram aos seus olhos…”
Me senti miserável e comecei a chorar. Suavemente me aproximei de sua cama e lhe disse:
“Acorde querido! Acorde!
Estas são as flores que você cortou para mim?”
Ele sorriu e disse:
“Eu as encontrei junto de uma árvore, e as cortei, porque são bonitas como você,
em especial a azul.”
Filho, sinto muito pelo que disse hoje, não devia gritar com você.
Ele respondeu:
“está bem mamãe, te amo de todas as formas.”
Eu também te amo e adorei as flores, especialmente a azul….

"Entenda que se você morrer amanhã, em questão de dias a empresa onde você trabalha cobrirá seu lugar. Porém, a família que deixamos sentirá a perda pelo resto da vida."
Pense neles, porque geralmente nos entregamos mais ao trabalho que a nossa Família.
Será que não é uma inversão pouco inteligente?
Então, que há detrás desta história?
Você sabe o que significa de
Família em inglês?

F A M I L Y:
“Father And Mother I Love You”
(Papai e Mamãe, eu os amo)

MENSAGEM PARA AS FAMILIAS

COM A DECISÃO DO STF EM RELAÇÃO AOS HOMOSSEXUAIS, ONDE VAMOS CHEGAR?

Recebi esse texto do pr. Oneias Cezar Filho e achei interessante compartilhar com vocês, pois esse é um momento muito sério para a Igreja de Cristo em nosso pais. Leia e repasse para outras pessoas.
Dia 5 de maio, mais um passo foi dado no avanço das forças do mal contra a Igreja do Senhor Jesus Cristo e a família. O Supremo Tribunal Federal oficializou, por 10 votos a 0 a união entre pessoas do mesmo sexo.
Que todos os evangélicos saibam, especialmente os que residem e votam no Estado do Rio de Janeiro, que a ação junto ao STF foi movida pelo governador do Rio, Sérgio Cabral. Segundo a militância gay, mais uma vez partiu do Rio a atitude de vanguarda do movimento. Ainda falaremos sobre isto nesta edição. O Dia Online noticiou: “O Tribunal analisou duas ações sobre o tema. Movida pelo governador Sérgio Cabral, uma ação pedia o fim da distinção entre casais gays e héteros no Código Civil e no Estatuto dos Servidores Civis. Já a Procuradoria-Geral da República pedia que o STF declarasse obrigatório o reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo como “entidade familiar”.
A imprensa noticiou mais: Com a decisão do STF, quem mantém uma união homo-afetiva poderá reivindicar na Justiça os seguintes direitos: adotar o sobrenome do parceiro; em caso de separação, ter a garantia de pensão alimentícia; adotar filho do parceiro e se candidatar à adoção de outra. Em casos de doença ou morte, o cônjuge pode ter direito de autorizar a realização de cirurgias e transplantes de órgãos, e a receber herança . O casal poderá declarar Imposto de Renda e reunir renda para obter financiamentos ou alugar imóvel. À trabalhadora garante uma série de direitos, como licença-maternidade para nascimento do filho da parceira; receber abono- família e incluir parceiros como dependentes no plano saúde.
Agora, depois da decisão da nossa Suprema Corte, os chamados casais homossexuais terão direito a casamento, e não mais à simples união homoafetiva.
Saibamos, nós, evangélicos, que este é mais um avanço das forças do mal, nesta questão, em direção à opressão total da Igreja do Senhor Jesus Cristo. É mais um
passo no que ainda virá. Não se contentando em ter o que chamam de seus direitos sociais reconhecidos, avançarão na luta pelo que se pode chamar de “direitos religiosos”, ou espirituais, em que tentarão invadir nossos templos com seus hábitos profanos, impondo-nos esses hábitos, sob pena de prisão, se reagirmos. E mais, já se movimentam para calar a nossa voz, ou nossa expressão de crença religiosa, ou de fé.
A Senadora Marta Suplicy que, a exemplo do governador Sérgio Cabral, se elegeu com muitos votos de evangélicos, mal chegou ao Senado e já apresentou requerimento, com 27 assinaturas, para desarquivar, e pôr em andamento, o famigerado PLC 122, que pune os chamados crimes de homofobia com prisão de 2 a 5 anos, e multa.
Já estamos ouvindo os ecos da decisão do STF em favor desse grupo social. São expressões depreciativas, algumas, injuriosas, como a usada contra o Pastor Silas Malafaia (AH! Malafaia), e outras. Já começam, também, os ataques à Bíblia, taxando-a de “um livro arcaico” e outra expressões mais fortes. São ataques frontais à nossa fé, a exemplo daquele denunciado pelo vídeo publicado à época das eleições, pelo Pastor Pascoal Piragini.
O particularmente triste, a roupa suja em nossa casa, que nem sei se conseguiremos lavar, é que essa gente, como o governador do Rio e a senadora de SãoPaulo, foi eleita, repito, com votos dos evangélicos, no que chamo de “efeito Frankstein”, o médico que criou o monstro que se levantou contra ele mesmo, além de outros.
Agora, os nossos líderes que apoiaram o nosso governador, em sua reeleição, não terão a honradez de se apresentarem e pedirem perdão a nós por nos oferecerem, em lugar de pão, uma pedra, e em lugar de peixe, uma serpente, como disse o Senhor Jesus em Lc 11:11.
Essa “senatriz”, agora, tenta um substitutivo ao projeto no Senado (PLC 122), abrindo a liberdade de expressão apenas no interior de templos religiosos. Por esse substitutivo, só poderemos falar contra o homossexualismo dentro de nossas igrejas. Isto é como querer pôr a nossa fé na jaula, fazendo dos nossos templos uma penitenciária da fé e expressão dessa fé. Não podemos aceitar isto, essa esmola abjeta, diabólica. Nossas vozes no Congresso Nacional, e nossas lideranças evangélicas devem estar atentas a isso. Se tivermos de sofrer perseguição, e até prisão por pregarmos aquilo que diz a Palavra de Deus, que venha isto, mas admitir a prisão da Palavra de Deus, nunca. Veja isto: “Pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor: mas a palavra de Deus não está presa.” (II Tm 2:9).
Mas parte séria da imprensa questiona um aspecto da atitude do Supremo nesta questão: Os ministros criaram um tipo de nova lei, função exclusiva do poder legislativo, atropelando a própria Constituição. Observe o que diz o jornalista Reynaldo Azevedo, da Veja Online:
“É uma burrice ou uma vigarice intelectual analisar a decisão de ontem do Supremo segundo o gosto ou opinião pessoal. E daí que eu seja favorável ao casamento gay e mesmo à adoção de crianças por casais “homoafetivos”? Não está em debate se a decisão é “progressista” ou “reacionária”. O fato é que o Supremo não pode recorrer a subterfúgios e linguagem oblíqua para tomar uma decisão contra o que vai explicitado num Artigo 226 da Constituição. O fato é que o Supremo não pode tomar para si uma função que é do legislador. E a Carta diz com todas as letras:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3o - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Reynaldo Azevedo disse mais: “Gilmar Mendes, diga-se, chamou a atenção para esse aspecto legiferante da Corte nesse particular. Será sempre assim? Toda vez que o Supremo acreditar que o Parlamento falhou ou que está pautado por inarredável conservadorismo vai lá e resolve o problema? Que outras falhas as excelências julgam que o Congresso está cometendo? Em que outros casos pretendem legislar? SE, NA DEMOCRACIA, NENHUM PODER É SOBERANO, ENTÃO, ONTEM, O SUPREMO FOI SOBERANO E FRAU DOU A DEMOCRACIA.”
A nós, fica a clara impressão de que já não podemos nos tranquilizar, confiando no que diz a Constituição, pois ela pode ser mudada pela nossa Suprema Corte. E a quem recorrer contra a Suprema Corte? Lembro-me bem de um fato, ocorrido quando o Supremo julgava uma ADIN (Ação Direta de INCONSTITUCIONALIDADE) numa disputa entre o governo do Estado do Rio e os Correios. O Ministro Sepúlveda Pertence, hoje aposentado, saiu- se com esta pérola: “A Constituição diz o que nós dizemos que ela diz”. Eu, PastorOneias, digo ao querido leitor que isto foi o mesmo que se eu dissesse, como pastor: “A Bíblia diz o que nós dizemos que ela diz”. Na época, eu fiquei pasmo com a palavra do ministro, mas, hoje, vi que ele falou uma verdade, infelizmente. Mas se a Constituição diz o que os nossos ministros dizem, tenhamos o cuidado de continuar, nós, servos da Palavra de Deus.
A nossa Constituição garante o direito de crença religiosa a liberdade de fé e expressão dessa fé. Mas que segurança teremos nós, se precisarmos recorrer ao
Supremo contra o PLC 122? Interessante é que, quando convém, respeita-se integralmente a Constituição, como no caso do julgamento da ação sobre do que se chamou de “Projeto Ficha Limpa”. O Ministro Fux, o último a votar, reconheceu o anseio legítimo da sociedade em ver essa lei já valendo para agora. Deixou claro que também ansiava por isto, mas tinha-se de respeitar o que dizia a Constituição.
Na questão agora em julgamento, o que devia ter sido feito, sim, era que o Supremo até reconhecesse esta questão como um direito dos chamados casais homossexuais, mas que se procedesse a emenda constitucional devida, pois o texto em vigor restringe esse direito a casais formados por homem e mulher. Repito o texto constitucional: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3o - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
É triste e preocupante, quando o poder judiciário passa a criar leis, ou alterá-las, prerrogativa do poder legislativo.
Contudo, mais triste ainda é vermos que não temos um só ministro evangélico na Suprema Corte do nosso país. Isto é um claro sinal de que estão alijando a fé da nossa sociedade. Agora, satanás tem um grande argumento para atacar tudo o que se chama pelo Nome de Deus no nosso país, a afirmação de que o Estado é laico. O Estado é laico, sim, diz a Constituição, mas o povo brasileiro, não! Segundo o censo nacional, cerca de 95% da população brasileira é de religiosos. Ora, se todo pode emana do povo, e em nome dele deve ser exercido, não se pode ditar normas que mexam na estrutura social do nosso país unicamente sob a ótica de que o Estado é laico. Mas, agora, e cada vez mais, tudo o que for parar em tribunais, que se relacione com a nossa fé, pode deparar-se com esse argumento. Quem é mais importante: o Estado ou o povo? Outro ponto a ser considerado: para
quem se fará essas leis: para o Estado ou para o povo?
Outro fato triste, muito triste, mas real, é que a Igreja do Senhor Jesus Cristo, no Brasil, nunca enfrentou dias de tanta apreensão, dias tão ameaçadores à sua fé, nem mesmo nos tempos do regime militar.
Na época do presidente Geisel, na inauguração de um novo templo de uma igreja evangélica em São Gonçalo, no Rio, num galpão comprado, devido à grande multidão ali um portão caiu e, por causa do pânico da multidão, algumas pessoas se feriram e duas morreram pisoteadas na grande correria. A primeira atitude do dele- gado de polícia foi prender o pastor presidente daquela igreja, acho que foi o Missionário Davi Miranda. Ele pôs o pastor na cadeia. De Brasília, quando o Presidente Geisel soube do que fizeram com o pastor, mandou soltá-lo imediatamente, e destituir o delegado.
Agora, ainda na semana passada, eu falava aos pastores do nosso ministério, numa reunião, e relembrava os anos 70 e 80. Eu disse a eles que gozávamos de paz para evangelizar e viver a vida cristã no Brasil, coisa que está cada vez mais acabando. Tínhamos paz, vivíamos em paz, paz tanto para viver quanto para existir como igrejas. E hoje, em plena democracia? O que temos? Estamos, sim, vendo que a cerco está apertando contra o povo de Deus e suas igrejas, aos poucos, ou aceleradamente, repito, em plena democracia, no chamado estado de direito.
É de se lembrar que a democracia nasceu na Grécia pagã, disse eu aos pastores. Mas o regime que nasceu no coração de Deus é o regime da monarquia, eu disse a eles. Ainda que a história mostre, principalmente a Bíblia, que houve muitos reis iníquos, esse é o regime de governo criado por Deus. E Ele tinha por plano começar a monarquia entre o seu povo, Israel, pelo homem segundo o seu coração, Davi. Mas os israelitas precipitaram as coisas, e ganharam Saul. A ponto mais forte dessa preferência de Deus está no fato de que, um dia, como prometera, mandaria um Rei para reinar sobre o seu povo, um Rei Eterno.
Aos crentes que valorizaram tanto essa democracia que temos aí, agora que vejam e sintam que seremos tragados por ela. Alguns dos nossos pastores, lamentavelmente os fiéis e corajosos, é que serão presos e experimentarão nossas penitenciárias por sua fé, tudo isto, no regime que tanto elogiamos. Quanto mentira se disse sobre o regime militar, quanta! Quanto a nossa geração mais nova está sendo ensinada erradamente sobre a verdadeira história do Brasil naqueles anos! Talvez alguém me julgue, achando que tenho algum tipo de ideologia política de extrema direita. Não! Não sou deste mundo, portanto, não vivo das coisas daqui! Mas não posso deixar de reconhecer, e que o digam os pastores e crentes mais velhos, que vivemos um tempo de paz e segurança para a Igreja de Jesus no Brasil nas décadas passadas! Não há que se negar esta verdade. E hoje, quem mais está ameaçado por essa onda de homofilia? Justamente a Igreja e as Forças Armadas.
No livro de Ageu, há uma proposição profética: “Perguntem aos antigos!” Pois eu digo: Perguntem aos crentes antigos, se não vivemos décadas de liberdade religiosa neste país? Mas, hoje, justamente pela via do que se chama de liberdade democrática, começa a opressão cada vez maior da Igreja do Senhor Jesus. Templos multados por excesso de som, obras de templos embargadas, igrejas proibidas de abrir templos em antigos cinemas, proibição de cultos ao ar livre, etc. Verdade ou mentira? Para mim, bolas para as liberdades democráticas. Elas de nada me servirão se atentarem contra a minha fé, pois estou posto por defesa do Evangelho.
Nestes dias, a opinião pública quase fulminou o Deputado Jair Bolsonaro, por causa da sua luta contra o homossexualismo. De antemão, digo que admiro esse homem, um lutador incansável pelas causas da família, do moral e dos bons costumes, contra o comunismo e essa esquerda que nos domina nestes dias. Agora, ele disse: “Assim como o corpo é formado por células e quando aparece uma célula cancerosa, o corpo sente, o país é formado por famílias, e quando essas células são destruídas, o país vai perdendo forças”, comentou. “Nenhum homossexual está proibido de ter relação sexual, o que não se pode é levar isso para a legalidade”, acrescentou. Esta foi uma das palavras mais sábias que se ouviu nestes dias, ditas por um homem a quem chamam de boçal, e outros termos pejorativos, que muitos têm uma vontade tremenda de cassar.
Para quem já leu o livro “1984” de George Orwell, isto não é novidade, quanto mais para quem conhece a Palavra Profética, a Palavra de Deus. Esse autor inglês, antes um comunista convicto, depois um anticomunista convicto, escreveu esta história, falando do tempo do ditador mundial, no futuro. Orwell escreveu esse livro em l948, e fez um trocadilho, invertendo esse número para l984. Ele fala do ditador mundial, que chamou de Grande Irmão. Todas as ações desse homem do engano, o Grande Irmão, são baseadas, na história do livro, em sentimentos puramente democráticos, para o bem geral do povo.
Mas, nesta impressionante história, ocorre uma coisa que já começamos a ver, e cada vez mais entre nós, cada vez mais, a vigilância dos cidadãos. Orwell fala, inclusive, de câmaras de vigilância em cada rua, cada esquina, e em cada casa. Agora, saiba, a indústria da aparelhos de teve já anunciou que estará lançando aparelhos que vêm câmaras para a chamada teve interativa, em que se receberá imagens em casa e se transmitirá imagens de casa para as centrais de teve. A era do Grande Irmão está em fase terminal de preparação, e tudo isto virá nesta democracia grega, regida pelo Olimpo e seus deuses.
Igreja, Igreja! Abre os teus olhos e vê que o tempo de Mateus 24 e 25 está chegando! Igreja, você está perdida em shows gospel, em desfiles de astros e estrelas da música gospel, algo igual ao baile da Ilha Fiscal, no Rio, ao tempo do império. Dom Pedro II promoveu o grande baile no castelo da Ilha Fiscal, junto à Praça Quinze, sabendo que, lá fora, estavam os seus inimigos, que o deporiam e instalariam a República. Aqui dentro, música a alegria, mas, lá fora, os adversários esperando o momento de pegá-lo e derrubá-lo.
Um dia, faz não muito tempo, numa igreja, entrou um rapaz homossexual e começou a perturbar o culto. Ele chegou a tal ponto que o pastor, quando assumiu a palavra, e o moço continuava, o advertiu a que parasse, ou seria retirado da igreja. Ele continuou; o pastor parou o culto, foi aonde ele estava sentado, e o colocou para fora, com autoridade espiritual expressa por palavra de ordem: Sai, agora, da Casa de Deus, sai! O indivíduo, então, obedeceu, mas ficou lá fora, do outro lado da rua gritando:
- O pastor me botou pra fora, só porque eu sou homossexual! Logo hoje, que eu ia aceitar Jesus!
Nos dias seguintes, essa é uma igreja de bairro, corria a notícia de que o pastor pusera uma alma para fora da igreja, injustamente. Mas, tanto a igreja quanto o seu pastor são reconhecidamente sérios, e o bairro, então, pôde saber a verdade, verdade essa que, inclusive, amparava o fato de que o moço não foi posto para fora por ser homossexual, ele podia ser até o maior dos machões, mas por ter perturbado a Casa de Deus, o culto, e ter insistido em sua atitude absolutamente inconveniente e inadmissível.
Na, na Igreja Batista Sião, duas mulheres, desligadas por ato de lesbianismo, planejaram entrar num dos nossos cultos em atitude de afronta ao pastor. E disseram algo assim:
- Ele é mesmo pavio curto, e vai nos botar para fora, aí, nós o processamos por isto, por mais isto, e mais isto.
Só que, veja bem, querido leitor, uma pessoa não crente, isto mesmo, não crente, mas que admira o pastor e conhece, como um pastor sério, ouviu uma das duas, sua amiga, dizer que faria isto e mandou imediatamente alguém me avisar.
Num domingo à noite, as duas entraram de mãos dadas na recepção da igreja. A irmã da recepção, sabendo do caso das duas, e do seu desligamento, tomou um choque tão grande que passou mal e precisou de atendimento médico. Mas, pela misericórdia desse Deus Maravilhoso, que tudo vê e cuida da honra e proteção dos seus ungidos, me prendeu no gabinete , e eu só fui saber do ocorrido quando ia, de carro, para casa.
Mas, mesmo assim, mandei um recado às duas insolentes, que eu tomara a decisão séria e firme de enfrentar qualquer outra reação das duas, qualquer outra, na igreja ou em juízo. Mas, avisei-as, se atentassem de novo contra a Igreja que as acolhera tão bem, enquanto quiseram ser cuidadas, eu as colocaria diante do juízo de Deus e que, se quisessem, que pusessem à prova a minha unção, que conheciam muito bem. Elas nunca mais atentaram contra mim e a Casa de Deus, e sumiram. Mas, devo dizer que o juízo de Deus veio mesmo sobre elas, independentemente de o ter pedido.
Igrejas e pastores. Preparem-se para ver seus templos violados. Preparem-se para ver o espírito de afronta dentro do Lugar Santo. Lembrem-se do que disse o Senhor Jesus: “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda” (Mt 24:15). Logicamente esta palavra profética se refere ao anticristo no templo, em Jerusalém, mas já veremos anticristos, como disse João, fazendo o mesmo, mostrando-nos o que há de vir de modo muito maior.
Mas Veja Online traz algo também interessante, no artigo de Reynaldo Azevedo: “Separei alguns trechos de votos lidos no Supremo. Vejam o que disse, por exem- plo, Lewandowski:
“Com efeito, a ninguém é dado ignorar - ouso dizer - que estão surgindo, entre nós e em diversos países do mundo, ao lado da tradicional família patriarcal, de base patrimonial e constituída, predominantemente, para os fins de procriação, outras formas de convivência familiar, fundadas no afeto, e nas quais se valoriza, de forma particular, a busca da felicidade, o bem estar, o respeito e o desenvolvimento pessoal de seus integrantes.”
Segundo entendi, a família “patriarcal”, “de base patrimonial”, para “fins de procriação”, é a heterossexual. Já a “homoafetiva” é fundada no “afeto” e na “busca da felicidade”. Que eu saiba, Lewandowski não é gay, mas me parece ter sido um tanto heterofóbico... Os gays transam porque amam; os héteros, para fazer neném... (*) Nada de sacanagem, pelo visto, nem num caso nem no outro! A família hétero é de “base patrimonial” (credo! Que cheiro de propriedade privada!). A família gay só quer ser feliz, nem que seja numa cabana. É Dirceu com Dirceu e Marília com Marília na cabana! E muito amor! Tome tento, ministro! Mas atenção para o que ele afirma depois:
“Assim, muito embora o texto constitucional tenha sido taxativo ao dispor que a união estável é aquela formada por pessoas de sexos diversos, tal ressalva não significa que a união homoafetiva pública, continuada e duradoura não possa ser identificada como entidade familiar apta a merecer proteção estatal, diante do rol meramente exemplificativo do art. 226, quando mais não seja em homenagem aos valores e princípios basilares do texto constitucional”.
As palavras fazem sentido, ministro Lewandowski! Ou bem o texto constitucional é “taxativo” ou bem é “exemplificativo”. E ele é taxativo!
Agora digo eu, Pastor Oneias, que precisamos tomar especial cuidado, se isto há de adiantar para alguma coisa, com a expressão “...Muito embora o texto constitucional...” Ela pode mandar às favas nossos direitos mais diretos escritos na nossa Carta Magna, como esse:
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.” (Constituição Federal - Cap I - Art. VI).
Já não é de se duvidar que, um dia, alguém diga algo assim: “Muito embora o texto constitucional diga que é inviolável a liberdade de consciência e crença...” Aí, a vaca vai pro brejo e nós outros para a cadeia, com o nosso direito inviolável de crença. Mas, voltando ao que é maior para nós, o Senhor Jesus disse que “Como foi nos dias de Noé e de Ló assim seria nos dias da vinda do Filho do Homem. Esta Constituição não falha nem é superada por quem quer que seja. Reinos crescem e caem, reis, imperadores, presidentes e outras autoridades humanas ascendem e descendem, mas a Palavra de Deus permanece para sempre.
Lutaremos enquanto pudermos lutar por nossos direitos, à luz da lei maior do nosso país, mas saibamos que isto não é tão certo, no sentido de tão preciso, do que a Palavra de Deus. Os dias de Noé e de Ló viriam, pois Aquele que é a Verdade o disse. Saibamos, então, pois o Espírito diz expressamente à sua Igreja, que esses dias estão chegando, e, note bem, mais ainda do que Ló, vamos viver, habitar mesmo, numa Mega- Sodoma, incomparavelmente maior do que aquela do tempo de Ló. Outra realidade que salta da história de Sodoma para nós é que já vemos os homens de Sodoma se atirando a nós como aqueles fizeram com Ló, quando resistiu a eles.
Mas, por fim, afirmo que creio que, em vindo mesmo esse tempo de perseguição à fé, e à Igreja, algo bom ocorrerá aí: a Igreja será provada no fogo da perseguição, e muitos que estão dormindo, despertarão. Mas os que estão vigilantes, renovarão suas forças, e se mostrarão como verdadeiros heróis da fé deste tempo, e confirmarão a fé de muitos outros.
Se você ler os argumentos dos nossos ministros do STF, verá o que é aquilo que a Bíblia chama de sabedoria humana, que é loucura para Deus. Verá mais, aquilo que, diz a Bíblia, o homem do engano e seu sistema de go- verno iníquo farão: “Deitar a verdade por terra!” Ao ler alguns trechos dos votos dessas autoridades, vi um terrível espírito de engano, de falsa justiça, que iguala todos os homens, sem distinção alguma. Eu fiquei perplexo, mas pude ver um pouco do que será no governo do Grande Irmão, o nome “Grande Irmão” já diz tudo. Isto me impressionou.
Feliz ou infelizmente, a coisa só tende a piorar. Daqui para o diante será disto para mais, até que o mundo chegue ao tempo de ver a abominável desolação no Lugar Santo. Quem lê entenda!
Mas, fica aqui uma pergunta a cada crente e, especialmente, a cada pastor que lê este simples artigo: “Se uma afronta vier a ser feita em sua igreja, durante um culto, dois homossexuais se beijando ou abraçados, o que você fará? Prepare-se desde já, pois você inevitavelmente há de responder a esta pergunta, não demora muito mais.

Pr. Oneias Cezar Filho
Igreja Batista Sião em Campo Grande (Rio)

(*) Causa-me indignação o Ministro dizer que nossa família é constituída predominantemente para os fins de procriação, enquanto surgem as chamadas uniões homossexu- ais como outras formas de convivência familiar fundadas no afeto e na busca de felicidade. Se ele não sabe o que é uma família feliz, com marido, mulher e filhos, não pode generalizar. Considero, ainda, uma ofensa grave esse ministro nos colocar como um bando de porquinhos reprodutores, reservando a convivência familiar de afeto e felicidade para os chamados casais gays. Pelas palavras do ministro, somos todos iguais perante a lei, mas os casais homossexuais são mais iguais do que nós outros, pobres héteros, meros procriadores. Certamente esse ministro não sabe o que é uma família fundada e estruturada no amor de Deus, através dos princípios cristãos bíblicos da sua Palavra.
A segunda observação que preciso fazer é que o povo evangélico do Estado do Rio de Janeiro atente bem para o governador que ajudou a eleger, com o seu voto. Ele foi o que propôs essa ação no Supremo Tribunal Federal. Esse mesmo homem, faz pouco tempo, defendeu o direito ao aborto com este argumento hediondo: “Qual de nós não teve aquela namoradinha que engravidou e precisou fazer um aborto?” E que o povo evangélico de São Paulo atente para a sua “senatriz” Marta Suplicy que está lutando pelo PLC 122.

domingo, 15 de maio de 2011

REPENSANDO O PROGRESSO

O evangelho tem feito com que eu reconsidere a forma típica de pensamento que temos sobre crescimento cristão.
Ele tem me feito repensar as medidas espirituais e a maturidade; o que significa mudar, desenvolver, crescer; o que a busca pela santidade e a prática da piedade realmente significam.
O que tem acontecido comigo é muito similar , desde que me tornei simpatizante da doutrina de João Calvino.
Tudo mudou.
Eu comecei a ler a Bíblia com novos olhos. A soberania de Deus e a doçura de sua graça incondicional estavam em TODO LUGAR! Lembro-me de pensar “Como eu não vi isso antes? A Bíblia inteira fala disso.”
Bom, a mesma coisa tem acontecido comigo em relação a como eu penso sobre o crescimento cristão.
Se levarmos a sério uma leitura da Bíblia que aponta para Cristo; se formos consistentes quando se trata de evitar uma interpretação moralista da Bíblia; se formos persistir em nossa devoção a um entendimento das muitas partes da Bíblia à luz do contexto maior do drama da redenção, então precisamos repensar a forma como natural e tipicamente entendemos o que significa “ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor” (Filipenses 2.12).
Em seu filme de 2008 Fim dos Tempos, o escritor, produtor e direto M. Night Shyamalan desenvolve uma trama meio descabida sobre uma toxina misteriosa e invisível que leva àquele que for exposta a ela ao suicídio. Um dos primeiros sintomas de que a vítima inalou essa autodestrutiva toxina é começar a andar para trás – sinalizando que qualquer instinto natural de prosseguir vivendo e de lutar pela sobrevivência foi revertido. O mecanismo padrão de defesa da vítima foi virado de cabeça para baixo.
Isso é, de certa forma, o que precisa acontecer conosco quando se trata da forma como pensamos sobre o progresso na vida cristã. Quando inalada, a radical, incondicional e gratuita graça de Deus reverte cada instinto natural relacionado a “sobreviver e prosperar” espiritualmente. Apenas a “toxina” da graça de Deus pode reverter a forma como pensamos tipicamente sobre o crescimento cristão.
Por uma série de razões, quando se trata de mensurar crescimento e progresso espiritual, nossos instintos naturais giram quase que exclusivamente em torno de melhoria comportamental.
Isso é compreensível.
Por exemplo, quando lemos passagens como Colossenses 3.5-17, onde Paulo exorta a igreja em Colossos a “se revestirem do novo [homem]” ele usa muitos exemplos comportamentais: fazer morrer “imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus, e a ganância, que é idolatria”. Ele continua e exorta-os a abandonar “ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena no falar” e assim por diante. No v. 12 ele muda a marcha e lista muitas coisas para aplicarmos: “bondade, humildade, mansidão, e paciência” citando apenas alguns.
Mas o que está na raiz desse bom e mau fruto? O que produz tanto o bom quanto o mau comportamento que Paulo traz aqui?
Toda tentação ao pecado é uma tentação, no momento, para desacreditar o evangelho – a tentação de garantir para mim, naquele momento, alguma coisa que eu acho que eu preciso para ser feliz, algo que eu ainda não tenho: propósito, liberdade, confirmação, e assim por diante. O mau comportamento acontece quando nós falhamos em acreditar que tudo que preciso, em Cristo eu já tenho; isso acontece quando nós falhamos em acreditar na rica provisão de recursos que já são nossos no evangelho. Por outro lado, bom comportamento acontece quando recebemos e descansamos diariamente no “Está consumado” de Cristo em novas e profundas partes do nosso ser diariamente – em nossas áreas de rebeldia e descrença (o que o escritor chama de “nossos territórios não evangelizados”) esmagando qualquer sentimento de necessidade de assegurar para nós mesmos qualquer coisa além do que Cristo já havia assegurado para nós.
Colossenses 3.5-17, em outras palavras, providencia uma ilustração do que acontece do lado de fora quando algo profundo acontece (ou não acontece) do lado de dentro.
Então, voltando a Filipenses 2.12, quando Paulo nos fala  “ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor” ele está tornando claro que temos trabalho a fazer – mas o que exatamente é essa ação? Ser melhor? Tentar mais? Purificar seus atos? Orar mais? Ser mais envolvido na igreja? Ler mais a Bíblia? O que, precisamente, Paulo está nos exortando a fazer? Claramente, não é uma questão de se esforço faz-se necessário ou não. A real questão é onde estamos focando nossos esforços? Estamos trabalhando duro para um melhor desempenho? Ou estamos trabalhando duro para descansar no desempenho de Cristo por nós?
Ele explica: “pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (2.13). Deus faz a Sua obra em você – a qual é a obra já realizada por Cristo. Nosso árduo trabalho, portanto, significa chegar a um melhor entendimento do trabalho dEle. Como mencionado em artigos anteriores, em suas Palestras em Romanos, Martinho Lutero escreveu, “Progredir é sempre começar de novo”. O verdadeiro progresso espiritual, em outras palavras, requer um retrocesso diário.
Eu costumava pensar que quando o Apóstolo Paulo nos diz para por em ação a nossa salvação, isso significava sair e conseguir o que você não tem – ter mais paciência, ter mais força, ter mais contentamento, ter mais amor, e assim sucessivamente. Mas depois de ler a Bíblia com mais atenção, agora consigo entender que o crescimento cristão não acontece trabalhando arduamente ou adquirindo alguma coisa. Pelo contrário, o crescimento cristão ocorre trabalhando duro diariamente em mergulhar na realidade que você já faz parte. Acreditar novamente no evangelho da graça justificadora de Deus todos os dias é o árduo trabalho para o qual somos chamados.
Isso significa que a verdadeira mudança acontece somente se nós redescobrirmos diariamente o evangelho. O progresso da vida cristã é “não o nosso movimento na direção do objetivo; é a movimentação do objetivo em nossa direção”. Santificação envolve um combate de Deus à nossa incredulidade – nossa recusa egocêntrica em acreditar que a aprovação de Deus para conosco em Cristo é total e definitiva. Isso acontece tanto quanto nós recebemos  e descansamos diariamente em nossa justificação incondicional. Como G. C. Berkouwer disse, “O coração da santificação é a vida que se alimenta da justificação”.
2 Pedro 3.18 sucintamente descreve o crescimento dizendo “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” Crescimento sempre acontece “na graça”. Em outras palavras, a verdadeira medida do nosso crescimento não é nosso comportamento (caso contrário, os fariseus teriam sido as melhores pessoas do planeta); é a nossa compreensão da graça – uma compreensão que envolve chegar à mais profunda expressão do incondicional amor de Deus.  É também crescimento no “conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Isso não significa simplesmente aprender dos fatos sobre Jesus. Isso significa crescer no amor por Cristo por causa do que Ele  já conquistou e garantiu para nós e então viver atento a essa graça. Nosso principal problema na vida cristã não é o fato de não tentarmos arduamente sermos bons, mas no fato de não acreditarmos no autêntico evangelho e não recebermos sua realidade final em todas as partes da nossa vida.
Gerhard Forde de forma perspicaz (e transparente) põe em questão as formas em que nós normalmente pensamos acerca de santificação e progresso espiritual quando ele escreve:
Eu estou progredindo? Se for realmente honesto, me parece que a questão é estranha, quem sabe até um pouco ridícula. À medida que envelheço e a morte se aproxima, eu não pareço estar ficando melhor. Tenho sido um pouco mais impaciente, um pouco mais ansioso sobre talvez ter perdido o que a vida tinha a oferecer, mais lento, com mais dificuldade para me movimentar, um pouco mais sedentário e teimoso em meus caminhos. Eu estou progredindo? Bem, talvez pareça isso, já que eu tenho pecado menos, mas talvez isso só aconteça porque eu estou cansado! É muito pesado se manter tolerando a concupiscência da juventude. Isso é santificação? Não acredito que seja. Não se deve, eu espero, confundir o erro da caduquice com santificação! Mas pode ser, eventualmente, que isso seja, precisamente, um dom incondicional da graça que me ajuda a ver e admitir isso tudo?Espero que sim. A graça de Deus deve nos levar a ver a verdade sobre nós mesmos, e a ganhar certa lucidez, certo humor, e um pouco de “pé no chão”.
Forde certamente mostra que quando paramos de narcisivamente focar na nossa necessidade de melhorar, isso é o que significa ficar melhor! Quando paramos com essa necessidade obcecada de melhorar, isso é o que significa melhorar! Recorde que o Apóstolo Paulo referiu-se a si mesmo como o pior dos pecadores no final de sua vida. Foi a sua capacidade de admitir livremente isso que demonstrou a sua maturidade espiritual – ele não tinha nada a provar ou o que proteger porque não era ele o foco!
Estou percebendo que o pecado que preciso eliminar diariamente é precisamente o meu entendimento narcisista do progresso espiritual. Eu penso demais no que eu estou fazendo, se eu estou crescendo, se estou fazendo certo ou não. Gasto tempo demais ponderando acerca de minhas falhas, ponderando sobre meu sucesso espiritual, e admirado porque, quando tudo está dito e feito, eu não pareço estar melhorando. Em suma, passo muito tempo pensando em mim e no que eu tenho feito, e pouco tempo pensando em Jesus e no que ele já fez. E, ironicamente, o que eu descobri é que quanto mais eu foco na minha necessidade de estar melhor, é ai que o pior começa a acontecer. Eu me torno neurótico e egoísta. A preocupação com o meu desempenho excede a visão do desempenho de Cristo e me faz cada vez mais centrado em mim mesmo e morbidamente introspectivo. Afinal, Pedro só começou a afundar quando ele tirou seus olhos de Jesus e se focou em “como ele estava indo”. Como meu amigo Rod Rosenbladt escreveu para mim recentemente, “Sempre que o nosso foco egocêntrico natural é acuado, abalado, voltado de si mesmo para o sangue DAQUELE Homem, para AQUELA cruz, o diabo é mais atingido”.
Assim, por todos os meios, trabalhe! Mas o trabalho mais difícil não é o que você pensa que é – sua melhoria pessoal e o progresso moral. A ação mais difícil é lavar suas mãos de si mesmo e descansar na obra completa de Cristo por você – que inevitavelmente produzirá melhoria pessoal e progresso moral. O progresso na obediência ocorre quando nossos corações percebem que o amor de Deus por nós não depende do nosso progresso na obediência. Martinho Lutero tinha um ponto: “não é a imitação que faz filhos; é a filiação que faz imitadores”.
A real questão, então, é: O que você irá fazer agora que você não pode fazer nada? Como a sua vida será quando vivida sob uma bandeira aonde se lê: “está consumado”?
O que você vai descobrir  é que, uma vez o evangelho te liberta de ter que fazer qualquer coisa por Jesus, você vai querer fazertudo por Jesus e então “quer comais, quer bebais ou qualquer coisa que fizer” você fará tudo para a glória de Deus.
Esse é o real progresso!