quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lição 13 - A integridade de um Líder


O PASTOR E SUA VIDA DEVOCIONAL
(Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD)

Por Leslie E. Welk

O pastor, como aquele que se espera que ministre aos outros, deve em primeiro lugar e antes de mais nada ser ministrado por Deus. A vida devocional particular do ministro, o tempo gasto com Deus, determinará a verdadeira altura e profundidade de seu ministério.

Meta admirável para o pastor é receber identificação semelhante à de Pedro e João em Atos 4.13. As multidões maravilhavam-se da ousadia desses homens indoutos e sem cultura, pois “tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”. Esses líderes espirituais tinham passado tempo com Deus e o demonstravam.

A palavra “devoção” é definida por vocábulos como “consagração”, “dedicação íntima” e “zelo”. De fato, a edição de 1828 do American Dictionary of the English Language (Dicionário Americano da Língua Inglesa), de Noah Webster, define “devoção” em sua maior parte em termos religiosos. Webster descreve-a mais detalhadamente, como “uma atenção solene ao Ser Supremo na adoração; uma rendição do coração e das afeições a Deus, com reverência, fé e piedade, nos deveres religiosos, particularmente na oração e na meditação”. Para todo crente e particularmente para o pastor, devoção significa concentração diária nas Escrituras e na oração.

Uma vida devocional disciplinada é assunto inteiramente pessoal, e não ousamos relegá-lo a uma exigência profissional rotineira. Antes de sermos pastores, somos filhos de Deus, individualmente responsáveis e necessitados do alimento espiritual diário. Como pastores, logo percebemos que alimentar o rebanho de Deus requer que primeiro sejamos estudantes diligentes da Palavra. Mesmo assim, uma das maiores armadilhas para o obreiro cristão de tempo integral é permitir que o período dedicado ao estudo pessoal substitua o período devocional particular. Fazê-lo pode ser comparado a passar a semana inteira preparando um banquete para hóspedes convidados, sem ter tempo de se sentar para comer.

A fim de ajudar a diferençar essas duas abordagens à Palavra de Deus, tenho empregado o que denomino “método das duas cadeiras”. De modo característico, a cadeira de minha escrivaninha tem servido de cadeira de estudo, cadeira de conselheiro, cadeira de administrador. Dessa cadeira, pessoas são animadas e sermões são preparados. A cadeira está convenientemente próxima aos livros, bloco de anotações, telefone e computador. Por outro lado, escolhi outra cadeira do meu gabinete, às vezes até um lugar completamente diferente, para hospedar meus períodos devocionais particulares. Cada propósito é distinto, cada lugar distinto. Deslocar-me entre os lugares diferentes me lembra das diferenças entre estudo pessoal e devoções particulares.

Reflexão: “Antes de sermos pastores, somos filhos de Deus, individualmente responsáveis e necessitados do alimento espiritual diário.”

Texto extraído do: “Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais”, editado pela CPAD.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ESTOU APAIXONADA POR OUTRO HOMEM. O QUE FAZER?



UM - LEIA O POST ABAIXO, POR FAVOR.
DOIS - SE VOCÊ TIVER FILHOS OU ELE TIVER FILHOS, DIFICILMENTE VAI DAR CERTO.
TRÊS - NEM PENSE EM CONVERSAR COM SEU MARIDO SOBRE ISSO. POUCOS HOMENS ENTENDERIAM. A MAIORIA CHAMARIA LOGO VOCÊ DE PROSTITUTA. ENTRETANTO, SE ELE É GENTE FINA, VAI PODER AJUDAR, E MUITO A SALVAR O CASAMENTO DE VOCES.
QUATRO - TOME CUIDADO: OS HOMENS GERALMENTE NÃO VÃO ATÉ AS ÚLTIMAS CONSEQUENCIAS QUANDO SE TRATA DE ABANDONAR A CASA E COMERÇAR UM NOVO LAR. PARA ELES, SEXO É O SUFICIENTE.
CINCO - ANALISE SEU MUNDO EMOCIONAL. TENTE DESCOBRIR PORQUE VOCÊ ESTÁ SE ENVOLVENDO NUM CASO EXTRACONJUGAL. PODE SER BAIXA-ESTIMA, A QUESTÃO DA "VELHICE QUE ESTÁ CHEGANDO", UM MARIDO DISTANTE - QUE PODE SER CONVOCADO A TE AMAR COM EXPRESSÃO.
SEIS - CONVERSE, DE PREFERÊNCIA COM UM ESPECIALISTA OU UM CONSELHEIRO, E NUNCA COM SUA MELHOR AMIGA, SOBRE ESSA PAIXÃO. UMA PESSOA ISENTA E MADURA PODE AJUDAR MUITO COM UMA BOA CONVERSA.
SETE - TENTE ANALISAR O FATO COM ISENÇÃO E LÓGICA. O MOMENTO NÃO É DO CORAÇAO, MAS DO CÉREBRO. PENSE FRIAMENTE SOBRE AS CONSEQÛÊNCIAS DE UM ADULTÉRIO. MUITA GENTE SAI FERIDA, ÀS VEZES FERIDAS DE MORTE.
OITO - E PENSE NA ALEGRIA DE QUEM NÃO GOSTA OU NUNCA GOSTOU DE VOCÊ. SAIBA: ELES ESTÃO AFIANDO A FACA... ELES NÃO VEÊM A HORA DE TRUCIDAR VOCÊ.
NOVE - CONTE COM O SENHOR. ELE CONHECE NOSSA ESTRUTURA E SABE QUE SOMOS PÓ. EM DEUS, VOCÊ ENCONTRARÁ PERDÃO, RESTAURAÇAO, ALEGRIA POR TER VENCIDO A LUTA DO ESPÍRITO CONTRA A CARNE.
DEZ - MAS,  É AMOR, PASTOR! NÃO. NUNCA É. É PAIXÃO MESMO. QUEM AMA RENUNCIA. APAIXONADOS QUASE NUNCA PENSAM NAS CONSEQUÊNCIAS DE SEUS ATOS.   

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Lição 12 - As consequências do jugo desigual

Lição 12 - As consequências do jugo desigual

Por James I. Packer

[Obs: Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD]

A CONSAGRAÇÃO DA VIDA NO LAR

“[Prometemos] que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos” (10.30), preceituava o “firme concerto”. Na ocasião em que ele fora firmado, a pureza racial fora tema de preocupação comum, e eles “apartaram de Israel toda mistura” (13.3), indo além do que mandava a lei, que excluía apenas amonitas e moabitas. Não obstante, o zelo pela pureza do sangue israelita, e em fazer tudo para agradar a Deus, que presumivelmente instigara tal exclusivismo, evaporara-se. Quando Neemias retornou a Jerusalém, encontrou lá “judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (13.23). O motivo pode ter sido a paixão, é claro, porém é mais provável que haja sido a prudência (se é que se pode chamar assim), que tinha os olhos na oportunidade e nos casamentos por dinheiro, prestígio ou alguma outra forma de lucro mundano. E, em alguns casos, Neemias descobriu que a língua falada em casa, por decisão dos pais, era a estrangeira. “E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (13.24). Isso enfureceu Neemias, não apenas pela quebra do voto, mas porque as crianças seriam incapazes de partilhar da adoração em Israel, ou aprender eficazmente a Lei; consequentemente, não estariam aptas a transmitir a fé aos filhos que viriam a ter, e assim estaria em risco a futura unidade espiritual da nação israelita.

Enxergando isso claramente, e não gostando do que via, Neemias convocou uma reunião, na qual fez um discurso aos judeus do sexo masculino que haviam quebrado o “firme concerto”, recordando-lhes a queda de Salomão, cujas “mulheres estranhas o fizeram pecar”, e exigindo que jurassem em nome de Deus não realizar qualquer casamento misto, não mais tomando noivas estrangeiras “nem para vossos filhos nem para vós mesmos”, nem dando as filhas em matrimônio a estrangeiros. Esdras, muitos anos antes, fizera-os romper com os casamentos mistos, por serem totalmente contrários à vontade de Deus (Ed 9 – 10). Neemias não foi tão longe, mas decidiu pela não proliferação e a não recorrência. Este foi um compromisso de estadista. Neemias, sabiamente, não quis fender a comunidade mais que o necessário; apenas requereu uma promessa ajuramentada de que não mais haveria casamentos mistos.

Para assegurar que o juramento seria mantido, ele transformou em exemplo alguns dos ofensores mais notórios: “E espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos”. Isto significa tão somente que, em seu papel de cabeça do judiciário, como governador que era, ele ordenou chicotadas de acordo com a prescrição de Deuteronômio 25.1-3 e impôs sentenças de raspar a cabeça, evocando, talvez, em seu discurso, o gesto de Esdras, que arrancara os próprios cabelos por causa do mal dos casamentos mistos (Ed 9.3); entretanto, pode significar ainda que ele infligiu-lhes essa violência punitiva. E então, ele “mandou embora” o neto de Eliasibe – presumivelmente pelo decreto peremptório de banimento, embora “afugentar” seja o significado literal, e a possibilidade de a fúria de Neemias escorraçando o homem da sala ou do prédio não possa ser excluída. Em todo caso, as palavras de Neemias mostram que ele reivindica responsabilidade pelo que foi feito, num alegre retrospecto pelo que fez acontecer, e quer que vejamos o fato como uma expressão apropriada e efetiva de seu zelo reformador e seu propósito pastoral – o que de fato era.

Não devemos supor que Neemias tenha tido prazer em fazer qualquer uma dessas coisas. Podemos estar certos de que ele preferiria não ter de voltar ao começo e tornar a reformar a já deformada reforma de Israel. Mas a vida é repleta de necessidades inoportunas para todo o mundo, e principalmente aos líderes pastorais da Igreja de Deus, que, constantemente, precisam da combinação do zelo de Neemias por Deus e do cuidado pelas pessoas, a fim de poder lidar com as desordens emergentes. O pecado e o Diabo nunca cessarão de corromper a crença e o comportamento dentro da comunidade que carrega o nome de Deus; desordens, perversidades e confusões devem ser esperadas, e os que conduzem a comunidade não devem desanimar ao descobrirem-se obrigados a tratar dos mesmos problemas e desvios, inúmeras vezes, além dos novos que vão aparecendo. Neemais, com a sua paixão por fidelidade e sua piedosa persistência em proceder corretamente, é um modelo a todos nós.

Pastores cuidadosos como Neemias sempre focalizam as famílias e a vida doméstica, porque a família é a primeira e mais básica forma de comunidade humana. A formação familiar, para o melhor ou pior, cala mais fundo nas crianças que qualquer outra forma de criação de qualquer outro lugar, e o ideal bíblico é que as famílias sejam as unidades das quais se constituem as igrejas. A piedade é para ser modelada na família, e a fé, transmitida nela. Em toda parte do mundo ocidental hodierno, e estendendo-se a algumas comunidades urbanas de toda a face do globo, a vida familiar tem sido enfraquecida e minada por pressões de várias espécies; e isso, provavelmente, vai piorar. Então, é grande a necessidade de trabalhar como Neemias trabalhou para conservar a vida familiar forte, piedosa e saudável; e todo aquele que ministra e cria estratégias para ampliar o Reino de Deus, hoje e amanhã, deve considerar a família e a vida doméstica um assunto de primordial interesse.

Texto extraído da obra: “Neemias: Paixão Pela Fidelidade”, editada pela CPAD.
Por James I. Packer

[Obs: Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD]

A CONSAGRAÇÃO DA VIDA NO LAR

“[Prometemos] que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos” (10.30), preceituava o “firme concerto”. Na ocasião em que ele fora firmado, a pureza racial fora tema de preocupação comum, e eles “apartaram de Israel toda mistura” (13.3), indo além do que mandava a lei, que excluía apenas amonitas e moabitas. Não obstante, o zelo pela pureza do sangue israelita, e em fazer tudo para agradar a Deus, que presumivelmente instigara tal exclusivismo, evaporara-se. Quando Neemias retornou a Jerusalém, encontrou lá “judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (13.23). O motivo pode ter sido a paixão, é claro, porém é mais provável que haja sido a prudência (se é que se pode chamar assim), que tinha os olhos na oportunidade e nos casamentos por dinheiro, prestígio ou alguma outra forma de lucro mundano. E, em alguns casos, Neemias descobriu que a língua falada em casa, por decisão dos pais, era a estrangeira. “E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (13.24). Isso enfureceu Neemias, não apenas pela quebra do voto, mas porque as crianças seriam incapazes de partilhar da adoração em Israel, ou aprender eficazmente a Lei; consequentemente, não estariam aptas a transmitir a fé aos filhos que viriam a ter, e assim estaria em risco a futura unidade espiritual da nação israelita.

Enxergando isso claramente, e não gostando do que via, Neemias convocou uma reunião, na qual fez um discurso aos judeus do sexo masculino que haviam quebrado o “firme concerto”, recordando-lhes a queda de Salomão, cujas “mulheres estranhas o fizeram pecar”, e exigindo que jurassem em nome de Deus não realizar qualquer casamento misto, não mais tomando noivas estrangeiras “nem para vossos filhos nem para vós mesmos”, nem dando as filhas em matrimônio a estrangeiros. Esdras, muitos anos antes, fizera-os romper com os casamentos mistos, por serem totalmente contrários à vontade de Deus (Ed 9 – 10). Neemias não foi tão longe, mas decidiu pela não proliferação e a não recorrência. Este foi um compromisso de estadista. Neemias, sabiamente, não quis fender a comunidade mais que o necessário; apenas requereu uma promessa ajuramentada de que não mais haveria casamentos mistos.

Para assegurar que o juramento seria mantido, ele transformou em exemplo alguns dos ofensores mais notórios: “E espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos”. Isto significa tão somente que, em seu papel de cabeça do judiciário, como governador que era, ele ordenou chicotadas de acordo com a prescrição de Deuteronômio 25.1-3 e impôs sentenças de raspar a cabeça, evocando, talvez, em seu discurso, o gesto de Esdras, que arrancara os próprios cabelos por causa do mal dos casamentos mistos (Ed 9.3); entretanto, pode significar ainda que ele infligiu-lhes essa violência punitiva. E então, ele “mandou embora” o neto de Eliasibe – presumivelmente pelo decreto peremptório de banimento, embora “afugentar” seja o significado literal, e a possibilidade de a fúria de Neemias escorraçando o homem da sala ou do prédio não possa ser excluída. Em todo caso, as palavras de Neemias mostram que ele reivindica responsabilidade pelo que foi feito, num alegre retrospecto pelo que fez acontecer, e quer que vejamos o fato como uma expressão apropriada e efetiva de seu zelo reformador e seu propósito pastoral – o que de fato era.

Não devemos supor que Neemias tenha tido prazer em fazer qualquer uma dessas coisas. Podemos estar certos de que ele preferiria não ter de voltar ao começo e tornar a reformar a já deformada reforma de Israel. Mas a vida é repleta de necessidades inoportunas para todo o mundo, e principalmente aos líderes pastorais da Igreja de Deus, que, constantemente, precisam da combinação do zelo de Neemias por Deus e do cuidado pelas pessoas, a fim de poder lidar com as desordens emergentes. O pecado e o Diabo nunca cessarão de corromper a crença e o comportamento dentro da comunidade que carrega o nome de Deus; desordens, perversidades e confusões devem ser esperadas, e os que conduzem a comunidade não devem desanimar ao descobrirem-se obrigados a tratar dos mesmos problemas e desvios, inúmeras vezes, além dos novos que vão aparecendo. Neemais, com a sua paixão por fidelidade e sua piedosa persistência em proceder corretamente, é um modelo a todos nós.

Pastores cuidadosos como Neemias sempre focalizam as famílias e a vida doméstica, porque a família é a primeira e mais básica forma de comunidade humana. A formação familiar, para o melhor ou pior, cala mais fundo nas crianças que qualquer outra forma de criação de qualquer outro lugar, e o ideal bíblico é que as famílias sejam as unidades das quais se constituem as igrejas. A piedade é para ser modelada na família, e a fé, transmitida nela. Em toda parte do mundo ocidental hodierno, e estendendo-se a algumas comunidades urbanas de toda a face do globo, a vida familiar tem sido enfraquecida e minada por pressões de várias espécies; e isso, provavelmente, vai piorar. Então, é grande a necessidade de trabalhar como Neemias trabalhou para conservar a vida familiar forte, piedosa e saudável; e todo aquele que ministra e cria estratégias para ampliar o Reino de Deus, hoje e amanhã, deve considerar a família e a vida doméstica um assunto de primordial interesse.

Texto extraído da obra: “Neemias: Paixão Pela Fidelidade”, editada pela CPAD.

sábado, 17 de dezembro de 2011



SERÁS UM BOM MINISTRO


A expressão que serve de título para este texto foi tomada das palavras de Paulo, endereçadas a Timóteo, seu filho na fé, I Tm 4;6.
Havia um anelo no coração do apóstolo das gentes no sentido de que Timóteo fosse mais que um simples ministro. Seu desejo era que ele viesse a ser um bom ministro.
O vocábulo ministro descreve vários títulos oficiais de caráter civil ou religioso.
No Brasil os Ministros são pessoas que exercem atividade de alta importância no Poder Executivo, e são ligados diretamente à Presidência da República.
Com muita propriedade, o Smith`s Bible Dictionary declara que no Antigo Testamento essa palavra (ou título) é aplicada a Josué, Ex 24.13, sendo que na maioria das versões ela é traduzida por servidor. Em I Rs 10.5 ela é traduzida por oficiais e se refere a auxiliares de Salomão, que serviam no palácio.
Em II Cr 22.8 os ministros são chamados de príncipes e no Sl 104.4 pode estar se referindo a oficiais de Israel  ou a anjos.
Sacerdotes e levitas do AT são também chamados de ministros: Ed 8.17; Ne 10.36 (sacerdotes que ministram), Is 61.6 (ministros de nosso Deus), Ez 44.11 (ministros no santuário), Jl 1.13 (ministros do altar), etc.
Em II Sm 8.18 lemos que alguns dos filhos de Davi eram ministros. No Salmo 104.4 lemos: Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.
Voltando-nos para o Novo Testamento, encontramos a declaração de Paulo, de que as autoridades atuam na condição de ministros de Deus, Rm 13.6.
Em algumas versões o assistente da sinagoga ( Lc 4.20) é chamado de ministro. 
Chegamos, agora, ao ponto que mais nos interessa: os obreiros de Deus e sua condição de ministros.
O NT enumera as seguintes designações, quando se refere aos Obreiros que exercem efetiva liderança na Casa de Deus::
(1)       Ministros, I Co 3.5
(2)    Ministros da Palavra, Lc 1.2.
(3)     Ministros de Cristo, I Co 4.1; II Co 11.23.
(4)     Ministros de Deus, II Co 6.4.
(5)     Ministros de um novo testamento,  Co 3.6.
De acordo com o Easton`s Bible Dictionary, existem duas palavras hebraicas e três gregas, usadas no texto sagrado, as quais são traduzidas por ministro:
-->(1)  Meshereth, usada para Josué, os servos de Eliseu, os sacerdotes e levitas, etc.
<!(2)  Pelah, que tem a conotação de ministro religioso, Ed 2.55; Ne 7.57, etc.
-->(3)   Leitourgos, um administrador público, Rm 13.6. É aplicado a Cristo em Hb 8.2.
->(4)    Hyperetes, alguém que presta serviços a um superior, Lc 4.20; At 13.5..
-->(5)  Diakonos, que significa alguém que presta serviços a outro no ministério do Evangelho, I Co 3.5; Ef 6.21; Cl 1.7, etc.
Os escritores do NT usaram exaustivamente o verbo ministrar (também traduzido por servir). Seguem alguns poucos exemplos:
-->(a)   Finda a tentação no deserto, os anjos ministraram a Cristo, Mt 4.11.
->  (b)   Jesus recomendou aos Seus discípulos que se abstivessem de qualquer forma de grandeza, mas que se servissem (ministrassem) uns aos outros, Mt 20.26; Mc 9.35. 10.43;
->(c)       Jesus não veio para ser ministrado (servido), mas para ministrar (servir), Mt 20.28; Mc 10.45.
(d)         Se alguém pode ministrar-me (servir-me), então siga-me, Jo 12.26.
->(e)   Eu te levantei para que possas ministrar e ser minha testemunha, At 26.16.
->(f)Eu vou a Jerusalém a fim de ministrar aos santos, Rm 15.25.
O Senhor Jesus revelou a Paulo que Ele próprio estaria concedendo dons e qualificações especiais a alguns dentre os Seus, a fim de exercerem o Ministério.
Esses dons correspondem a cinco ministérios, de acordo com Efésios 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
Em algumas versões da Bíblia, inclusive em outros idiomas, a expressão anjo da igreja, usada em Ap 2 e 3 é traduzida por ministro da Igreja, referindo-se, portanto, ao pastor.
A Igreja não pode viver sem a ação dos seus ministros. Por sua vez, os ministros precisam ser dedicados à Igreja no exercício de seu ministério.
É permitido aspirar ao ministério, mas não é permitido apoderar-se dele. Há que esperar a confirmação de Deus, a certeza da chamada, a evidência da vocação e o tempo certo.
Paulo tinha consciência de haver sido levantado por Deus para ser um ministro, Ef 3.7. Cl 1.23. O Senhor lhe outorgou 3 dos cinco dons ministeriais, a saber: apóstolo, evangelista e mestre. Ele sabia que não era um profeta, nem um pastor, II Tm 1.11. (Nesse texto, pregador corresponde a evangelista).
Se a pessoa assume uma posição na Igreja que não corresponde ao seu  ministério, jamais produzirá os frutos desejados e esperados.
O pastor tem paciência para ouvir as ovelhas. O evangelista, não. O evangelista prega com ousadia e muita vibração. O pastor é mais calmo e professoral no seu estilo.
O mestre cuida de orientar a Igreja em todo o conselho de Deus, enquanto o evangelista se especializa na mensagem da Redenção e se deixa consumir pelo ardor evangelístico e pela vontade inquebrantável de ver almas salvas.
Evangelistas apreciam estatísticas e amam as multidões. O pastor é capaz de tomar bastante tempo com uma ovelha ferida ou cansada
Nos últimos anos têm aparecido muitos ministros com o dom de avivalistas. Tal nomenclatura não tem embasamento ou apoio escriturístico. Freqüentemente os avivalistas se esquecem de fazer apelos aos pecadores, enquanto tomam todo o seu tempo buscando um derramamento de poder sobre os que já estão dentro do aprisco.
. Um bom ministro é aquele que ministra a graça de Deus aos seus ouvintes, Ef 4.29.
Um bom ministro ausculta as necessidades da Igreja e tem a marca da fidelidade como selo de seu ministério, Ef 6.20. Cl 1.7. Cl  4.7
A principal preocupação de um bom ministro não é ministrar aos desejos da congregação e sim às suas necessidades, Fp 2.25. 4.16.
Se considerarmos a palavra ministro no sentido de quem presta um serviço para Deus e para o Seu povo, os cantores exercem um ministério. E de igual maneira os que contribuem, os que visitam, os que intercedem, etc., etc.
Mas, se usamos a palavra ministro no sentido da liderança e da administração da Casa de Deus os cantores não são ministros.
Os cânticos não dirigem a Igreja. Eles são oferecidos a Deus, na esperança de que Ele os aceite e Se digne de liberar a ação livre do Espírito no culto que se realiza.
Esta é a razão por que os louvores vêm quase sempre em primeiro lugar, ou seja, na parte inicial do culto. Eles abrem o caminho para o que se segue.
No tempo de Josafá eles precediam os que vinham armados para as grandes batalhas.
Os pregadores são a tropa de choque de Cristo, os atiradores de elite de Jeová, os guerreiros do Espírito Santo.
É difícil de entender porque no Brasil os cantores recebem ofertas em média cinco vezes maiores que os pregadores.
A glória do cantor é entoar os hinos que todos conhecem, A glória do pregador é pregar uma mensagem que nunca se ouviu antes,
Deus tem um propósito para a vida de cada pessoa que Ele vocaciona, chama e levanta para o sagrado Ministério.
Paulo chama isto de uma dispensação de Deus e está em plena harmonia com Sua Palavra, Cl 1.25.
Um bom ministro tem a graça de Deus e a capacidade de ajudar, estabelecer, confirmar e consolar os irmãos, I Ts 3.2.
Um bom ministro deve possuir um excelente caráter e ser uma pessoa de quem todos dão bom testemunho, inclusive os infiéis, ou seja, a comunidade onde ele vive, I Tm 3.2,10.
Um bom ministro deve ter costumes de primeira qualidade e em nada deve entristecer o Espírito Santo, Tt 1.7; Ef 4.30.
Um bom ministro jamais deve esquecer seu compromisso e sua obrigação de defender a fé que provém do Evangelho, Fp 1.7.
Um bom ministro deve estar cheio de autoridade e deve estar sempre  consciente daquilo que fala, pois sabe que Deus confirmará suas palavras, como aconteceu com o profeta Elias, I Rs 17.1-16;
Um bom ministro deve ser um exemplo para o rebanho e um motivo de glorificação ao Nome de Deus, Fp 3.17; II Ts 3.9; I Tm 4.12; I Pe 5.3,
Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DUAS CASAS, UMA TEMPESTADE, DOIS DESTINOS

Sendo um excelente comunicador, Jesus desenhava e pintava seus ensinos na mente dos ouvintes. Ele usava ilustrações e figuras que facilitavam a compreensão e a memorização de suas idéias. Uma destas ilustrações fala de duas casas (Mateus 7.24-27; Lucas 6.46-49).
            As duas casas poderiam ser iguais na aparência. Ou, talvez, uma delas fosse mais bonita, mais rica, mais luxuosa, mais atraente, etc. Mas havia uma diferença significativa entre elas, e esta não era aparente.  Quem passasse por aquelas casas não notaria esta diferença de imediato, teria que ser um bom observador para perceber. Mas esta diferença iria marcar os destinos daquelas casas.
            As duas casas enfrentaram uma tempestade. Uma mesma tempestade. Tempestade que trouxe ventos fortes e chuvas que se transformaram em enchentes. Foi aí que a diferença apareceu. Quando a tempestade passou as pessoas viram que uma casa ainda estava de pé, mas a outra havia desabado. Uma casa resistiu à tempestade, outra foi destruída por ela.  Qual era a diferença?
            Os alicerces. Uma casa tinha alicerces firmes, sobre a rocha, em cima de chão resistente. A outra fora construída sobre areia, sem firmes fundamentos. Os alicerces não apareciam para quem observasse depois das casas construídas, mas fizeram a diferença quando a tempestade apareceu.
De fato a diferença também estava além dos alicerces, estava nos homens que haviam construído as casas. Um deles cavou até que aparecesse o solo firme, a rocha, para então começar a construir. Ele trabalhou, esforçou-se, preocupou-se com a segurança de sua casa. Levou em conta que as tempestades poderiam surgir. Foi previdente. Já o outro não quis ter este trabalho. Construiu a casa na superfície. Foi imediatista, queria uma casa logo, não queria ter trabalho. Não pensou na segurança. Talvez imaginou que a vida sempre seria fácil, que as tempestades não surgiriam. Não foi previdente.
O que Jesus queria ensinar com esta ilustração? O que ele queria dizer com casa, tempestade e alicerces? 
As casas são nossas vidas. Os alicerces são o ouvir e obedecer aos ensinos de Jesus. Quem apenas ouve os ensinos de Jesus, e apenas confessa que O segue, sem de fato obedecer aos seus ensinos, esta construindo uma vida sem alicerces. Aquele que não apenas ouve e confessa, mas também obedece, está edificando uma vida com alicerces firmes. Um dia virá a tempestade. A grande tempestade, que testará nossas vidas. Quem ouviu e obedeceu ficará firme, quem apenas ouviu será arruinado.
Algumas pessoas acham fácil seguir a Jesus, pois estão seguindo apenas de ouvido e de boca, mas não estão obedecendo, e nem querem obedecer. Quem olha para elas pode até achar que de fato elas são fiéis seguidoras de Jesus. Mas a tempestade irá mostrar que elas não têm alicerces. Já outras pessoas sabem que seguir a Jesus envolve o custoso trabalho de obedecer, estão com as vidas edificadas sobre a rocha. Uma permanecerá, outra será destruída. Qual é a casa que moramos?